Original da Netflix, o longa-metragem “A mala e os errantes” é dirigido e escrito por Adam Leon, com a ajuda do roteirista Jamund Washington. Entrando na lista da plataforma de streaming como mais um filme romântico independente, a obra atinge o seu objetivo de entreter quem assiste.
Com Callum Turner e Grace Van Patten como os protagonistas, a história é desenvolvida a partir da prisão de Darren (Michal Vondel), necessitando que seu irmão mais novo, Danny (Callum Turner), faça uma entrega suspeita em seu lugar. À princípio, o serviço era simples: entrar dentro de um carro, ir até o local que foi combinado e pegar a maleta com o conteúdo misterioso. Contudo, Danny consegue estragar os planos de todos ao se confundir com a descrição dada e levando a maleta errada. O problema, além desse detalhe importante, está no fato de que ele não estava sozinho nessa. Esperando para o plano dar certo, estava Ellie (Grace Van Patten), outra contratada que precisa do dinheiro oferecido pelos criminosos para mudar de vida. Agora, para conseguir corrigir o erro cometido, os dois precisarão encontrar a mulher que está com a bolsa preta que eles tanto necessitam, fazendo com que ambos corram contra o tempo pelas ruas de Nova York.
Através da jornada, mesmo com Ellie se fazendo de durona e distante, os dois começam a se conhecer melhor, com a ajuda de diálogos divertidos e originais. Os assuntos vão desde suas respectivas imagens um do outro até empregos e vidas amorosas. Por mais que nenhum dos dois assuma, eles começam a desenvolver afeto um pelo outro, enquanto vagueiam atrás da dona da bolsa que está com eles. Contudo, simultaneamente ao clima de romance e, também, tensão, há a pressão de Scott (Mike Birbiglia), a conexão de Ellie com os criminosos, para que a maleta seja logo achada e devolvida ao grupo.
No entanto, não há apenas esse obstáculo pela frente do casal de jovens e, sim, como algo típico do gênero, existe um “pepino” que pode acabar com a empolgação do chef com a garçonete. Por causa do dinheiro, Ellie combina de ficar com a parte de Danny, sem que este saiba desse ocorrido. Sendo assim, a narrativa é traçada em seus oitenta e três minutos, precisando, no final, solucionar essas duas complicações.
Em suma, o filme de Leon e Washington não possui grandes ressalvas. Ele termina com os pingos nos “is”, mesmo que a turma do clichê preferisse um resultado um pouco mais desenvolvido e claro. Todavia, duas observações devem ser apontadas: a primeira seria a falta de explicação para o segundo idioma presente, o polonês. Não há motivo para a família de Danny se comunicar, quando bem entende, por meio desse código alternativo. A outra seria a falta de criatividade e quebra total de expectativa em relação ao que tinha no interior da tal mala. Ou seja, faltou, sim, um pouco de criatividade na conclusão, mas também não deixou que a opinião do espectador sobre o filme mude bruscamente. Afinal, eles atingiram com tamanho êxito que já era esperado.
Sobre a parte técnica, há míseras cenas desconexas, mas que não afetam o produto final. Na parte da trilha sonora, não houve um grande desenvolvimento, mas, de novo, não foi um aspecto importante e prejudicial a trama. Quanto à fotografia, essa, sim, é muito bem criada e produzida, não deixando que haja uma coloração monocromática, utilizando de ambos os tons, quente e frio, de maneira correta e harmoniosa.
Disponibilizado desde o final do mês de abril, o filme independente, julgado como duas estrelas, acerta para os dois lados do público que curte o gênero: os que apreciam momentos fofos e com uma pitada de clichê, como os que tentam fugir do caminho óbvio também. Ou seja, “ A mala e os errantes” toca mais de um tipo de gosto, demonstrando ser uma boa escolha para quem quer uma distração que dure menos de duas horas.
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eu amo esse filme!!