Abrindo a programação do mês das mulheres no Centro de Referência da Música Carioca (Tijuca) o grupo Reflexos presenteou a platéia com um show intimista e de qualidade ímpar, na última quinta-feira (02/03).
Vencedores de três prêmios no Festival do Zimba (onde foram indicados em todas as categorias, levando os prêmios de melhor intérprete, melhor canção pelo júri popular – Capitão da Canção – e melhor banda), mostraram para o público o motivo deste reconhecimento: Um show muito autoral com potência arrebatadora!
No backstage o clima entre os integrantes era descontraído. Nos últimos preparativos pós aquecimento vocal, tivemos a chance de presenciar a comunhão entre banda e produção, em uma corrente de boas energias (e uma cachacinha para manter as cordas vocais aquecidas). E nessa atmosfera leve, a banda entrou no palco para uma de suas primeiras apresentações na composição atual: Maíra Garrido nos Vocais, Ivan Britz na voz e no violão, Guilherme Ashton no baixo e José Ricardo na Eletrônica.
E mesmo com pouco tempo de estrada enquanto conjunto, a sinergia era perfeita. Não só musicalmente mas em termos de cumplicidade (que se podia ver até nos olhares e gestos).
Desde o primeiro acorde, com a primeira nota cantada por Maíra, o show foi de arrepiar. Mesmo se tratando de músicas ainda desconhecidas ao público, o envolvimento era evidente. Dentro de arranjos bem trabalhados a emoção fluía desafiadora no jeito mulherão debochado da intérprete, e tocava a cada presente de maneira singular. Era fácil perceber a entrega mútua palco-plateia (era notório nos olhares encantados e extasiados do público).
O teatro de semi arena da Casa da Música Carioca permite uma grande proximidade com o palco, o que somado a uma iluminação minimalista reforçaram a sensação íntima, tornando aquele ambiente propício a deixar a emoção fluir, envolvendo todo o teatro em uma energia comum. E, nesta atmosfera, os ápices do show foram na já falada música campeã – “Capitão da Canção” – e em “Reflexos” (a última, especialmente tocante).
A qualidade técnica dos músicos é incontestável. E destaque seja dado à Maíra Garrido, que além de uma voz maravilhosa (clara, consciente, potente), canta com entrega. Vibra todo o ser em cada nota, em cada verso. Ver essa mulher no palco inspira ser mais em cada pequena coisa que se faz. E o sentimento que fica é de gratidão.
A experiência foi tão bacana que nos motivou a conhecer mais o trabalho desse grupo. Então fiquem ligados que logo teremos uma entrevista para conhecer e nos apaixonar mais.
Matéria escrita com a colaboração de Yuri Duarte.
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muito bom o seu artigo