Tecnologia da Desconexão

A quanto tempo você não acorda sem que a primeira coisa que faça seja olhar no celular para ver quais notificações você recebeu? Whatsapp, facebook, Twitter, Instagran, I-qualquer coisa e por ai vai…

A quanto tempo você não levanta os olhos do celular na rua, no ônibus, metrô, balada, elevador ou mesmo em casa?

A quanto tempo você perde seu tempo com toda essa tecnologia?

Inicialmente elas tinham o intuito de aproximar as pessoas, e em alguns casos até o faz, mas a nossa forma de utilizar, ah essa sim está realizando o contrário.

Preferimos ficar no aconchego de um computador, smartphone, tablet ou I-qualquer coisa curtindo e compartilhando coisas da vida, ao invés de viver a vida, de fato.

Que coisa doida.

“Vou xingar muito no twitter” já dizia uma adolescente sobre qual seria sua reação diante de uma insatisfação com a vida…

Hoje tenho um milhão de amigos!!! Mas com quantos eu falo diariamente? Posso contar nos dedos das mãos…

Quantos eu efetivamente sei como estão, de que estão precisando, quais as alegrias e tristezas? Com quais deles eu tenho compartilhado, de fato, a minha amizade e presença?

Liberdade!

Liberdade?

Como ser livre onde as redes sociais sabem mais sobre a sua vida do que você mesmo?

Onde todos, amigos, colegas, amigos de amigos, desconhecidos e pessoas que talvez você conheça acompanham nossos passos, pois estão postados na nuvem, sem nos dar conta dos perigos e/ou chateações e/ou cobranças que isso pode provocar mais tarde.

Parece que estamos aos poucos parando de pensar e apenas seguindo o curso que estão nos impondo… Discreta, mas significativamente nos impondo.

Paramos de escolher e estamos sendo escolhidos, guiados, direcionados e seguidos.

Quanto mais tecnologia de conexão desenvolvem, mais desconectados, introspectivos e robóticos nos tornamos…

E a coisa do humano e das relações fica como no meio dessa realidade virtual toda?

Já parou pra pensar nisso?