Lembra daquele hit que você não sabe quem canta?
One Hit Wonders. Por que exercem tanto fascínio? A resposta é fácil: criaram hits onipresentes que dominaram as paradas de sucesso e, sem nenhum aviso, sumiram, muitas vezes antes de o público gravar seus nomes. Sabe aquela música que você ouvia muito na adolescência ou juventude e não sabe o nome da banda ou artista que executa? Pois bem, aqui é a sua chance nessa lista com os 20 grandes one hit wonders dos anos 2000.
20. Because I Got High – Afroman
Essa que pode ser chamada de a melô do maconheiro aparentemente foi escrita em apenas alguns minutos. Mas graças ao Napster (lembra do programa de compartilhamento de música que mudou a indústria?) e ao The Howard Stern Show, ela se tornou uma das músicas mais icônicas do início dos anos 2000. No clipe há até uma participação de Jay e Silent Bob, os personagens criados por Kevin Smith (o segundo interpretado pelo próprio), que, digamos, tem tudo a ver…
19. Shake It – Metro Station
O hit chiclete de ‘Shake It’, o único sucesso do Metro Station, do álbum de 2007 que levava o nome da banda, lembra-nos diretamente aquelas bandas de visual colorido, com calças skinny quadriculadas, combinando camisetas vermelhas ou amarelas. O MS era composto por Mason Musso e Trace Cyrus, o irmão mais velho da cantora Miley Cyrus. O duo ainda lança músicas, mas sem o menor impacto.
18. The Reason – Hoobastank
O Hoobastank era uma típica banda pós-grunge como várias que pululavam nos anos 90 e início dos 2000. Foram catapultados à fama com a pegajosa ‘The Reason’. O hit da banda fez parte do disco de mesmo nome, lançado em 2003, que vendeu mais de 2 milhões de cópias, alcançando o terceiro da Billboard 200 dos Estados Unidos. Era presença cativa no Disk MTV ao longo daquele ano.
17. Clima de Rodeio – Dallas Company
Com esse nome de banda country rock americana, os capixabas do Dallas Company inundaram as rádios do Brasil com a onipresente ‘Clima de Rodeio’, mais conhecida como “Galera de Coubói”, que bombou nas paradas em 2002 após tocar no Big Brother Brasil 2, como tema do participante Rodrigo, o Caubói, que acabou sendo o campeão daquela edição (foram duas naquele ano).
Foram mais de 100 mil cópias vendidas pelo conjunto, na época em que o sucesso fonográfico ainda era medido por vendas. Em pleno auge do sucesso, o grupo formado no ano de 1992 em Colatina (ES) brigou com os empresários, mudou o nome para Dallas Country (a marca anterior ficou em poder dos executivos) e nunca recuperou a fama, encerrando as atividades em 2005.
16. I Believe In A Thing Called Love – Darkness
Enquanto a indústria fonográfica se voltava para o nu metal e o pós-grunge, os ingleses do Darkness chegaram de assalto com o álbum de estreia “Permission to Land”, de 2003, trazendo um revival da era hair metal. Aquele estilo de hard rock que enriqueceu gravadoras nos anos 80 consistia em muita maquiagem, cabelos armados, riffarama de guitarra e muita pose. O que o Darkness pretendia era uma paródia, como o Spinal Tap, mas o sucesso de ‘I Believe In A Thing Called Love’, carro-chefe do debut, foi bastante sério, a ponto de a banda começar a se levar a sério e o sucesso ir embora. Outras faixas do disco chegaram a ter execuções interessantes, mas não chegaram a ser consideradas hits. Álbuns subsequentes não tiveram êxito.
15. Butterfly – Crazy Town
Os rock-rappers de Los Angeles do Crazy Town chegaram ao número 1 em março de 2001 com essa Red Hot Chili Pepperesque ‘Butterfly’, mantendo essa posição por duas semanas. Mas depois disso, o conjunto nunca mais voltou ao top 100 list com outro hit, apesar de Butterfly seguir década adentro sempre bastante executada.
14. A Cera – O Surto
Você certamente se lembra do “me pirou o cabeção”, um rock que tinha muita similaridade com o som do Charlie Brown Jr., mas era executada pela banda de rock cearense O Surto.
‘A Cera’, nome verdadeiro da faixa, integra o disco “Todo Mundo Doido”, lançado em 2000, com produção da dupla Rick Bonadio e Rodrigo Castanho, que, diga-se de passagem, tornou-se referência em fabricação de one-hit wonders. O sucesso levou o Surto ao Rock In Rio em 2001, mas como faltava estofo ao setlist, apelavam para covers e versões em português de hits gringos, como a de ‘Californication’, do Red Hot Chili Peppers. Procure pela “pérola” ‘Triste Mas Eu Não Me Queixo’.
13. Crazy – Gnarls Barkley
Que o Gnarls Barkley projeto de Cee Lo Green e do produtor Danger Mouse era pura excelência musical não resta dúvidas. O álbum “St. Elsewhere”, lançado em 2006, foi um sucesso entre os críticos e apreciadores de música e a faixa ‘Crazy’ tornou-se um hit instantâneo. Apesar dos elogios dos especialistas, as outras faixas do disco não obtiveram nem de longe o alcance da mais famosa.
12. A Thousand Miles – Vanessa Carlton
É impossível ouvir esse riff de piano e melodia grudenta sem se lembrar dos anos 2000. A balada ‘A Thousand Miles’ foi o primeiro single da cantora Vanessa Carlton. lançado em 2001, e alcançou o Top 10 em diversos países dentro de pouco tempo, incluindo o 5º lugar na Billboard 100 dos Estados Unidos.
A canção também remete imediatamente a filmes como “Legalmente Loira” e “As Branquelas”, que a tinham na trilha sonora. Aqui no Brasil, além de ter entrado para a trilha da novela “O Beijo do Vampiro”, ainda houve uma versão axé chamada ‘Eu Sou Stefhany’ (!!!).
11. All The Things She Said – t.A.T.u.
Duas adolescentes russas rebeldes e que insinuavam serem lésbicas da forma mais fetichista para consumo masculino hétero possível. Esse era o verdadeiro chamariz da t.A.T.u. E funcionou (eram os anos 2000…). O single ‘All The Things She Said’ era só a trilha que embalava a polêmica. Mas depois que veio a verdade – as meninas não eram homossexuais de jeito nenhum – passou-se a prestar atenção na música e o sucesso consequentemente acabou.
10. Who Let The Dogs Out – Baha Men
“Who Let the Dogs Out” foi um sucesso incontestável em 2000 e na época foi eleita a canção mais irritante de todos os tempos ela revista Rolling Stone. Foi o primeiro e realmente o único hit de Baha Men. No Brasil ficou mais famoso pela versão funk carioca ‘Só As Cachorras’, do Bonde do Tigrão.
9. Tô Nem Aí – Luka
Graças à trilha sonora de Malhação (fonte inesgotável de one-hit wonders brasileiros nos anos 00) ‘Tô nem aí’ – um dos temas da temporada de 2003 – tomou de assalto as paradas de sucesso do Brasil naquele ano.
Apesar de figura aqui na nossa lista, a cantora Luka até emplacou outras músicas do mesmo álbum, como “Porta Aberta” e “Difícil pra Você”, porém, não tiveram o mesmo alcance do seu maior sucesso, e o trabalho seguinte passou praticamente em branco. Apesar de não contar mais com os holofotes da mídia, Luka segue com sua carreira de cantora.
8. Young Folks – Peter Bjorn & John
Você com certeza já foi em alguma festinha indie e ouviu essa daqui. De fato ‘Young Folks’, hit de 2006 da banda sueca Peter Bjorn and John é munição certa de carrapetas de DJs de rock parties descoladas nos grades centros. Aquele assovio faz qualquer um esquecer dos problemas.
Apesar de só terem basicamente um sucesso comercial, os rapazes seguem com a carreira até hoje. Seu último trabalho é o álbum “Endless Dreams” de 2020.
7. Here Without You – 3 Doors Down
O 3 Doors Down, assim como o Hoobastank era uma banda pós-grunge seguindo a receita de bolo: vocal grave, melodias pop, violãozinho e guitarras Les Paul distorcidas ligadas em um amplificador JCM 800.
Os americanos já tinham obtido êxito com o single ‘Kryptonite’ nos anos 90, porém foi com ‘Here Without You’ , do álbum “Away From The Sun” de 2003, que o 3DD chegou no topo vendendo mais de 2 milhões de cópias. A música foi adotada como hino de homenagem aos soldados americanos que estavam lutando no Iraque, o que aumentou ainda mais o sucesso. A banda perdeu o guitarrista Matt Roberts em 2016 – que faleceu por overdose de remédios – e, mesmo sem o sucesso de outrora, ainda atua.
6. Dogão é Mau – Dogão
Uma espécie de versão canina de Skat Kat mas com uma pegada dos rappers marrentos dos anos 2000. O produtor Rick Bonadio (olha o “Midas” do one hit wonder aqui de novo) resolveu pegar carona também no Gorillaz o rapper virtual Dogão, que era interpretado secretamente por MC Suave.
‘Dogão é Mau’, a música de trabalho, tocou nas rádios e pistas de danças até chegar ao inevitável desgaste. A crítica foi impiedosa com o álbum e as canções, e sem um público propriamente sedimentado, apesar do sucesso, ficou difícil prosseguir com o projeto.
5. Flavor Of The Week – American Hi-Fi
“Ele está muito chapado, Nintendo”. Faz sentido essa citação ao popular console de videogame ligada a efeitos de psicotrópicos? Nenhum. Mas a letra de ‘Flavor of the Week’ do American Hi-Fi pegou entre a molecada e se tornou um dos grandes hits de 2001. O sucesso durou pouco e apenas essa música, mas a banda continua até hoje, apesar de o ganha-pão de alguns integrantes hoje ser músicos de apoio da cantora Miley Cyrus. O último álbum de inéditas foi lançado em 2016.
4. Are You Gonna Be My Girl – Jet
Naquele período em que todas as gravadora queriam ter o seu The Strokes, surgia o Jet. A banda australiana de Melbourne se tornou referência no rock mundial graças ao single ‘Are You Gonna Be My Girl’, do disco de estreia “Get Born”, de 2003. A banda encerrou as atividades em 2009 mas desde 2012 se reúnem eventualmente. Paralelamente, alguns dos integrantes possuem trabalhos individuais, como é o caso de Nic Cester, que em 2017 lançou seu primeiro álbum solo, intitulado “Sugar Rush”.
3. Tem Que Valer – Kaleidoscópio
Olha outra da trilha de Malhação aí! Esse foi mais um tema da novelinha adolescente da Rede Globo que fez um estrondoso sucesso nas rádios.
O Kaleidoscópio era um projeto não fixo, porém frequente, entre três artistas: a cantora, compositora e bailarina Janaína Lima e os DJs e produtores Ramilson Maia e Gui Boratto. A sonoridade mesclava música eletrônica com MPB, bossa nova e pop.
A música ‘Tem Que Valer’ era a faixa-título no primeiro álbum do Trio, lançado em 2003. A faixa ‘Meu Sonho’ teve uma certa projeção, mas não se igualou à anterior. Uma curiosidade é que ‘Você Me Apareceu’ foi a terceira música mais tocada no verão italiano de 2004. Lançaram mais dois discos em 2007 e 2009 e alguns singles entre 2013 e 2016.
2. Bad Day – Daniel Powter
Como não se lembrar dessa (até porque é presença obrigatória nas light fms/adulto/contemporâneas até hoje)? Foi um período em que artistas seguiam a linha do elogiadíssimo Damien Rice, só que com um acento mais pop. Um dos que seguiam essa fórmula foi o canadense Daniel Powter com seu hit ‘Bad Day’, primeiro lugar em quase todo o mundo em 2005. Mas apesar de todo o êxito não conseguiu emplacar outro hit.
1. You’re Beautiful – James Blunt
Na mesma pegada de Daniel Powter veio o inglês James Blunt. Apesar de entrar no 7º lugar na pesquisa de músicas mais irritantes da Rolling Stone em 2007, ‘You’re Beautiful’ foi um dos singles de maior sucesso comercial dos anos 2000, música bastante tocada até hoje. A faixa do álbum “Back to Bedlam”, de 2004, faturou três indicações ao Grammy, uma certificação RIAA de platina quádrupla e o primeiro prêmio BMI Internet, entre outros prêmios. Blunt não sumiu da cena musical, mas nenhum de seus álbuns conseguiu corresponder ao hype dessa música.
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