Ah, que fã de anime não ama um bom shounen? A cada ano, o otaku tradicional já se viu perdido, assistindo ou mesmo participando de brigas de fandom, sempre a discutir os mesmos títulos, apesar de inúmeras opções surgirem como boas promessas toda temporada de lançamento.
Selecionamos para vocês uma lista destinada aos mais aficionados, com poderezinhos piscando na tela e/ou mesmo à cenas de luta deslumbrantes; recomendações de animes shounen por vezes subestimados e que não devem decepcionar quem procura algo diferente para assistir — sim, você mesmo que está na quinta maratona de Naruto Shippuden, por Kaguya…
Magi
Em um mundo fantástico, com profundas inspirações em As Mil e Uma Noites, Alibaba Saluja é um comerciante vivendo uma vida miserável, sendo explorado por seu patrão, mas tudo muda quando conhece o jovem Aladdin, um ser com habilidades sobrenaturais, capaz de guiá-lo e reacender seu antigo sonho de explorar uma Dungeon, perigosas masmorras místicas repletas de fortuna, além do poder de tornar seus conquistadores em candidatos a Reis do Novo Mundo. Juntos, irão viver em aventuras pelos sete cantos do planeta, conhecendo amigos, como a obstinada escrava Morgiana, que irá se ver libertando muito além do que das próprias correntes.
Adaptado do mangá homônimo, Magi é uma grande imersão em um universo, em duas partes, de 25 episódios cada, além de uma prequel de 13 que pode — e até se recomenda — ser assistida depois. É um prato cheio para apaixonados por fantasia, com paisagens e poderes de encher os olhos, tal como personagens e worldbuilding igualmente bem construídos. Então, não é um exagero supor que há de se agradar desde os mais interessados na boa e velha pancadaria, até os mais interessados em dramas pessoais e conflitos políticos, que, aliás, estão bem entrelaçados aqui. Uma boa pedida para ver com a família!
Nota da Woo: A primeira parte se chama “The Labyrinth of Magic” e a segunda “The Kingdom of Magic”, ambas disponíveis na Netflix e Funimation. Crunchyroll dispõe apenas da segunda.
Katekyo Hitman Reborn
Tsunayoshi Sawada é mais um estudante japonês comum… com a exceção de que ele precisa se esforçar bastante para ser menos medíocre. Seu apelido na escola é “Tsuna bom em nada”, afinal, é atrapalhado, tímido, sem nenhuma vocação em particular e um grande perdedor no jogo do amor. Mas as coisas estão para mudar, já que o rapaz recebe a visita de Reborn, um bebê mafioso enviado pela máfia para treiná-lo como futuro líder da família Vongola.
Também chamado de “Reborn!”, o anime é um dos clássicos dos anos 2000, que alcançou grande popularidade à sua época, mas, com o tempo, foi perdendo seu lugar na fala popular, até cair em quase ostracismo. Não é difícil compreender que, com anos de exibição que não concluíram a história do mangá, à época ainda em andamento, o interesse tenha ficado pretérito por obras fechadas ou em vias de, como Naruto ou mesmo One Piece. Katekyo Hitman Reborn é, porém, uma obra bem confortável de se assistir, com humor leve e que não interfere negativamente nas cenas de batalha — sim, estamos falando de você, final de Fairy Tail — muito bem produzidas, por sinal.
O primeiro arco, muito mais focado em apresentar os personagens e ambientar o tema cômico, pode ser um cartão de apresentação enganoso para os conflitos travados à frente; não se deixe enganar! O anime está disponível na Crunchyroll.
Little Witch Academia
Seja bem vindo à Lua Nova Magical Academy, onde jovens bruxinhas são preparadas para serem versadas nas mais diferentes artes! A destrambelhada Atsuko Kagari, ou simplesmente Akko, é uma garota de uma família sem histórico bruxo, além de um total desastre em tudo que se propõe a enfeitiçar, mas de forma alguma está disposta a desistir de seu sonho de iluminar a vida dos outros ao seu redor com esperança e magia, como fez sua ídolo Shiny Chariot, uma talentosa feiticeira que desapareceu de repente e se tornou uma renegada na comunidade mágica. Após encontrar por acaso o bastão da lendária Chariot, Akko está mais determinada do que nunca a se tornar a maior bruxa de todos os tempos, isto é, contando sempre com a ajuda de suas amigas Sucy, Lotte e da adorável professora Ursula.
Um anime Shounen com protagonista feminino? Bem, essa é nova, não é? A verdade é que Little Witch Academia não tem uma demografia específica, mas seu mangá é destinado para o público masculino jovem, razão pela qual o enquadramos aqui. Se você faz parte do time que julga um livro pela capa, não pode deixar de se deslumbrar com os visuais belíssimos dessa produção, que arranca sorrisos de todas as faixas etárias do início ao fim. A animação é um exclusivo da Netflix.
Mob Psycho 100
Shigeo Kageyama é um estudante colegial quase comum, com a exceção de que possui poderes psíquicos avassaladores. Apelidado de Mob — uma alusão a NPCs de segundo plano em videogames — por seu jeito tranquilo e pouco imponente, tem de lidar com o fato que possui uma habilidade da qual nunca pediu, tentando a todo custo esconder esse dom para não causar danos a outras pessoas. Para aprender a controlar seus poderes ele conhece Arataka Reigen, um charlatão que afirma ser um grande paranormal, e vem a se aproveitar das habilidades do pupilo para receber as glórias de seus feitos — mas ao fim e ao cabo desenvolve uma relação quase que paternal com o garoto.
Do mesmo criador de One Punch-Man, Mob Psycho talvez deixe isso claro através do estilo de arte parecido e protagonistas que brincam com os estereótipos de como deveria ser um herói, desde a aparência até ao comportamento. A comédia de ação garante momentos divertidos e de aquecer o coração, onde nosso jovem Mob vai, sobretudo, aprender a se aceitar como é. Somando com a sequência, totalizam-se 25 episódios, disponíveis na Funimation e Crunchyroll.
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Psycho-Pass
O distópico Japão do século XXII é uma sociedade de vigilância absoluta, onde todos estão sujeitos aos olhos do Sistema Sibila, uma rede de computadores que é capaz de estimar a periculosidade de um cidadão através de pontos e, assim, prender indivíduos antes mesmo que cometam crimes. Nesse contexto, mesmo policiais estão sujeitos a manchar sua pontuação à medida que lidam com infratores, razão pela qual empregam “cães de caça”, criminosos que fazem o trabalho sujo e atuam sob supervisão de inspetores. Nossa heroína é Akane Tsunemori, uma recém chegada inspetora que irá descobrir, com a ajuda do coração de gelo “Shinya Kogami”, a verdade por detrás desse sistema que controla toda a sociedade japonesa.
Psycho-Pass, que do japonês gera um trocadilho com “Psychopath”, é um thriller dos mais enigmáticos e que entrega emoção em um roteiro que poderia ter saído facilmente de um Seinen. São três temporadas com enredos com enfoques diferentes, mas a coroa de louros vai sem dúvidas para a agridoce primeira, contando com 22 episódios. As duas sequências possuem 11 e 8 cada, além de três filmes; a série completa está disponível na Funimation, enquanto a Netflix tem direitos sobre as duas primeiras partes e de um filme; a Prime Video sobre a terceira.
Hunter x Hunter (2011)
Gon Freecss é um jovem de 12 anos que deseja se tornar um Hunter, membros de um grupo de elite que recebem diferentes tarefas designadas da mais alta periculosidade, como caçar tesouros, resolver enigmas e perseguir criminosos. Entretanto, a jornada é árdua e o exame de admissão possui baixíssima taxa de aprovação, o que não o abala em seu sonho de encontrar seu pai, um Hunter, que o abandonara ainda muito pequeno. Junto ao ex-assassino Killua Zoldyck, do equilibrado Kurapika e do médico Leorio, Gon terá que amadurecer precocemente para enfrentar seus desafios, sem deixar de ser um bom garoto de sua idade.
Como essa obra-prima veio parar em uma lista de “esquecidos”? Bem, apesar de sua enorme relevância, Hunter x Hunter por vezes é subestimado e deixa de figurar em listas populares de anime. Nunca é tarde ou um exagero para relembrar que esse anime, também adaptado em 1999, é um dos exemplos mais bem executados da jornada do herói ao estilo tradicional japonês, um favorito pessoal, diga-se de passagem. Disponível com todos 148 episódios na Crunchyroll e Funimation.
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