O novo “Cães Selvagens” não foge à regra trazendo um trio de criminosos que querem promover o último golpe que os deixará milionários. Nicolas Cage e Willen Dafoe caem muito bem no papel dos bandidos decadentes, que, longe do glamour dos verdadeiros gangsters, só conseguem sexo com prostitutas em casas de strip-tease de quinta categoria e se vestem com roupas baratas.
Os bandidos aqui representados parecem imitações capengas de filmes de máfia dos anos 90, até os nomes são evidências disso, só para citar os principais, há o Troy, Mad Dog e Greco The Greek. A intenção do diretor em fazer uma espécie de exercício metalinguístico satírico é claro ao nos lembrar que se trata de um “filme falso”, com a amostra de situações criadas por ele mesmo no passado.
A violência é acentuada durante a trama, com um certo exagero até. Ela é construída com um alto grau de artificialidade gráfica, que quase chega a ser cafona. As cabeças explodindo e os assassinatos brutais pulam da tela para a plateia. O filme, apesar de todas essas referências, se perde em suas próprias intenções, já que se mantém vazio até o final. Talvez apenas aqueles cinéfilos fãs de “Taxi Driver” ou de outras produções do gênero irão apreciar por completo “Cães Selvagens”. O recente histórico de Nicolas Cage também deve atrapalhar na recepção do filme, já que o ator está constantemente ligado a produções de gostos duvidosos. Ele, assim como Paul Schrader, não devem agradar muitas pessoas neste aqui também, mesmo sendo um filme de gosto duvidoso que tenta expor algumas ideias.
https://www.youtube.com/watch?v=3eDYmhkbjSc
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