A cantora veio a falecer em 1982, aos seus 36 anos, de uma overdose de cocaína. Apesar disso, deixou para a música popular brasileira um acervo enorme, já que era uma artista de muitas personalidades e qualquer gênero musical encaixava perfeitamente em sua voz.
É por ser essa artista inigualável que, mesmo depois de sua morte, seu nome não foi esquecido. Agora, em 2016, chega ao cinema o filme “Elis”, que conta a trajetória da vida pessoal e da carreira da artista. Com direção de Hugo Prata, que o faz de maneira impecável e atento aos mínimos detalhes, o filme mostra toda a vida de Elis, desde sua chegada ao Rio de Janeiro, em 1964, até sua morte, em 1982, mostrando problemas pessoais em seus casamentos, sua família, e o período da ditadura militar.
Quem dá a vida a Elis é a atriz Andréia Horta, que ganhou o prêmio Kikito de Melhor Atriz no 44º Festival de Gramado por sua atuação no filme. Andréia não canta, ela dubla as músicas, e se você for um bom conhecedor da obra de Elis, as partes em que se faz necessário cantar, soam falsas. Apesar disso, nas outras cenas, ela consegue interpretar a cantora de forma belíssima, acentuando seus traços, sotaque, seu “jeito explosivo” nas cenas de briga em que contracena com o ator Gustavo Machado, intérprete do primeiro marido de Elis, Ronaldo Bôscoli; o prêmio é merecido: Andréa “reencarna” Elis nas telas.
O filme tem um elenco de peso e escala grandes nomes para interpretar pessoas importantes da vida de Elis, como Caco Ciocler para o papel de César Camargo Mariano, o segundo marido, Lúcio Mauro Filho como Miéle, Júlio Andrade como Lenny Dale, Rodrigo Pandolfo como Nelson Motta e Ícaro Silva (que deu vida à Wilson Simonal nos teatros), como Jair Rodrigues. O elenco, junto com a atriz, compõe a obra perfeitamente e se encaixam com muita sintonia.
O mais interessante da trilha sonora de Elis é que suas músicas são a trilha sonora de seu filme, por muitas vezes tocadas em versão instrumental, quando não cantadas e interpretadas. O filme inicia-se com seu maior sucesso, “Como Nossos Pais”, e termina com “Velha Roupa Colorida”, ambas canções conhecidas pelo público.
O filme possui um roteiro claro, com diálogos rápidos, porém intensos, que remetem aos anos 60, com gírias e hábitos característicos da época. O figurino também passa extrema veracidade e saudosismo, afinal, a moda mudou muito nesses 56 anos. Cada plano do filme é extremamente real, até mesmo os lugares por onde Elis passou e que ainda existem, como o Beco das Garrafas, em Copacabana.
“Elis” é um filme que independe de idade para ser assistido, pois sua obra não foi e não será esquecida tão cedo. É um filme para fãs saudosos ou novos, pessoas que reconhecem a maestria da artista e que sabem que é como diz sua música: “A esperança equilibrista sabe que o show de todo artista tem que continuar.”!
O filme estreia dia 24/11 nos cinemas e você pode conferir o trailer abaixo.
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.
Sera um filme imperdivel
Com certeza, quero logo que chegue aos cinemas pra assistir de novo! 🙂