Sensações, emoções, sentimentos, lembranças. Quantas coisas uma música pode passar para uma pessoa? Quando estamos imersos a uma canção a mente viaja, relaxa e o sentimento mais profundo pode ser despertado. Tem música que pede movimento, que pede lagrimas, que pede atitudes. Assim como tem músicas que marcaram o cinema e também aquelas que marcaram uma época. De uma época que não volta, mas que está viva na memória que canta o espetáculo “Flashback Experience: O Musical“.
A história se passa em um lugar que um dia fora uma discoteca. A “Love Disco”. Nela, João relembra histórias dele com a música, seu avó e seus pais. E em toda a sua narração nos traz de plano de fundo a música. João precisa falar pouco durante todo espetáculo. Mas o todo que fala é uma interação direta com a plateia. Enquanto, o que aquece o público são as músicas, os músicos e o balé que dá seu show a parte muito bem coreografado.
Com figurinos de extremo brilho e criatividade elevada, somos transportados desde os primeiros momentos pelo embalo de clássicos da música. Afinal, não importa quão jovem você é, não resistirá ao ABBA com “Mamma Mia” ou “Dancing Queen”. E para quem viveu aquela época, que tal os ritmos contagiantes de trilhas como a de “Footloose: Ritmo Contagiante”, “Grease” ou o amor envolvido em “Dirty Dancing“.
E no palco as cantoras e os cantores apresentam um verdadeiro show de vozes com timbres diferentes que se complementam. Ficamos alheios a qualquer desafinação uma vez que o público reage as ótimas vozes. Do grave ao agudo, o som ecoa de forma contagiante enquanto a história é contata.
Ainda que a trama fica no ar, dando importância real a música, os pequenos momentos de narração dos porquês daquelas músicas e trilhas no palco, trazendo como base a vivência do anfitrião que convida a plateia, são extremamente divertidas. Muito disso se deve pelo espetáculo funcionar como forma de convite, um convite a voltar no tempo com a música.
Ainda temos um bom trabalho de iluminação, adereços que fazem jus ao espetáculo e um corpo de baile que está o tempo todo se fazendo presente e trazendo a perspectiva visual que prende o olhar da plateia e torna as sensações ainda mais marcantes com belos sorrisos no rosto.
Por fim, mesmo que em um momento o microfone falhe, ou um objeto caia, nada disso é levado em conta porque tudo termina em festa. E agora o público já faz parte do espetáculo. Assim pode pular, vibrar e se lembrar dos sucessos nacionais. Talvez, após o espetáculo você volte para casa querendo um bis.
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Crítica: Escrita Íntima
Queendom 2 – Performances do Round 3 (Parte 2)
