O roteiro de Stacey Harman e Pamela Ribon, inspirado nos personagens criados por Peyo, narra de maneira didática as angústias da pequena Smurfette (Demi Lovato, na dublagem em inglês) na busca por conhecer a sua vocação. Na vila Smurf todos os moradores são rapazes e tem uma aptidão definida. Ela, no entanto, não compreende qual o seu papel dentro de sua comunidade. Então, em uma brincadeira com seus super amigos Gênio, Robusto e Desastrado, constata que existe uma colônia perdida de Smurfs dentro da floresta proibida. Quando a mocinha descobre que o vilão Gargamel irá em busca dessa comunidade desconhecida para aprisiona-los e roubar seus poderes, ela decide partir sozinha em uma aventura inesquecível. Seus amigos, é claro, não a abandonam, e juntos seguem por um caminho de belezas e perigos da floresta proibida.
O longa propões mensagens importantes em sua narrativa, aprofundando assuntos atuais e necessários. A direção de Kelly Asbury consegue trazer uma abordagem fluída, brincando com o universo lúdico, e ao mesmo tempo explorando de forma inteligente alguns efeitos de filmes de ação adultos. Sempre tocando no botão da amizade e da parceria, uma mensagem fundamental que o filme traz é a importância de respeitar as diferenças (e quando juntamos nossas diferenças nos tornamos mais completos enquanto sociedade). A ideia de respeito também é oferecida em todo empoderamento feminino que a animação carrega: A noção de que mulheres são capazes de gerir suas próprias vidas, relações e contextos sociais é latente, e imprime todo esse poder (inerente ao ser humano) na cabeça de nossas meninas com muita delicadeza.
A versão em inglês do filme (“Smurfs: The Lost Village”) conta com um elenco de dublagem de peso, tendo, além da Demi Lovato como Smurfette, Julia Roberts como Smurf-Magnólia. A dublagem nacional também não ficou pra trás, trazendo Rodrigo Lombardi como Gargamel e Ivete Sangalo como Smurf-Magnólia. A equipe de dublagem merece seu destaque pois, como geralmente acontece com animações, realiza um trabalho excepcional com piadas inteligentes e o timing perfeito para a versão brasileira.
A trilha assinada por Christopher Lennertz é a cereja do bolo. Arrematando as cenas, também apresenta uma pegada jovem e bastante agradável.
Repleto de nostalgia, “Os Smurfs e a vila perdida” recupera as características dos antigos desenhos, mantendo a qualidade e, de certa forma, sendo superior as versões anteriores em live-action. Vale muita a pena ir ao cinema, levar as crianças e aproveitar essa linda história.
https://youtu.be/PuVE7RDZDYg
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.