É um fã curioso mas ainda não teve a oportunidade de se jogar nos quadrinhos da série? A Woo! fez uma lista com 7 diferenças e curiosidades de Heartstopper da Netflix e da Comic, porém, como o próprio nome sugere, haverão spoilers tanto da série quanto de elementos sutis do material original. Mas se você já está inteirado ou simplesmente ama uma fofoca, veio ao lugar certo!
1. Foco nos núcleos secundários
Se tem algo que o live action fez justiça foi dar chance para todo mundo, ou quase, brilhar um pouco. Sobretudo durante os primeiros volumes, os amigos funcionam mais como um plano de fundo do que personagens autônomos, com suas próprias ambições e angústias. A história, portanto, gira em torno do romance do casal principal, com pouco destaque para Tara e Darcy ou Tao e Elle — e ainda que isso certamente não derrube a excelência do material original, é um louvor que tem que ser dado para a produção, que se propôs a trazer soluções e alternativas mais viáveis ao formato TV.
2. Tao e sua identidade
É possível que um dos traços que tenham se destacado no Tao Xu da adaptação para série tenha sido justamente seu jeito expansivo. Para além de ser o mais baixinho nos quadrinhos — e o mais alto na Netflix — Tao é uma das mudanças mais perceptíveis no ritmo da série. Afinal, se na comic o leitor pode sentir na pele ele ser deixado de lado, até pela autora, na série podemos ver um vislumbre melhor de sua personalidade, bem mais desinibida e menos carrancuda que nos quadrinhos, onde, porém, continua sendo esse amante de cinema e um completo atrapalhado em seus sentimentos por Elle.
3. Os 2 novos personagens
Não deve ser surpresa pela divulgação da série que foram adicionados dois novos personagens à série: Isaac e Imogen. Começando por Isaac, ele integra o núcleo dos amigos de Charlie, já desfalcado na comic, substituindo “Aled Last”, um garoto idealista e criativo cujo pouco se sabe, mas que é protagonista do romance “Radio Silence“, da mesma autora de Heartstopper.
Como o livro já mencionado está em processo de adaptação para outro streaming, é dito que esse teria sido o motivo para a alteração, de modo que, atualmente, Isaac também conta com pouco destaque, e espera-se que isso mude a partir da segunda temporada.
A outra novidade é Imogen, também inexistente no material original. Se no início o roteiro pode parecer apontar para o clássico de “megera” que quer impedir o romance do casal gay, a audiência é confrontada com essa grata surpresa: Não há muito drama, tampouco vilanização. Ao invés disso, uma personagem mais madura e doce, que está (ainda que de forma agridoce) feliz por ver o garoto que sempre gostou também feliz.
4. A trama de Paris
Quem amou a série e se sente órfão pode ir direto começar a ler, gratuitamente, a série no Tapas ou ainda comprar o volume físico a partir do volume quatro. Uma das questões que talvez fiquem em suspenso é justamente a revelação do namoro de Nick e Charlie ficar apenas para uma excursão da turma à Paris.
Na viagem, o leitor irá se confrontar com os dramas decorrentes disso, a aproximação de Tao e Elle e o refrescante relacionamento entre os professores responsáveis pelos alunos.
5. O ciúme de Tao não é tão simples
Por uma vez mais de volta a Ta, porque, sim, é importante. A mudança da personalidade do rapaz também direcionou a história para um outro caminho, porém, a razão para isso estar em um item separado é porque isso também diz (e muito!) respeito à Charlie.
Originalmente, e é possível que isso seja retomado na segunda temporada da série, Charlie descobre que Tao se sente culpado pelos ataques homofóbicos que sofrera no colégio, pois havia sido justamente ele quem deixara escapar entre os corredores que o amigo é gay. Apesar do choque, ambos entram em bons termos e os “ciúmes” passados de Tao por Nick se tornam muito mais justificáveis, pois ele só queria proteger o amigo no fim das contas.
6. A saúde de Charlie
Esse tópico, para além de um spoiler, trata de conteúdo sensível para alguns, de maneira que pode ser recomendado que se prossiga para o próximo item, sendo esse o caso do leitor. O tema é distúrbios alimentares.
Já foi sugerido na série da Netflix que Charlie não é alguém exatamente com um bom relacionamento com a comida, e isso se torna um assunto maior entre os volumes 4 à 7, sobretudo 6.
Springs sofre de anorexia, transtorno obsessivo compulsivo, ansiedade e depressão — de modo que a busca por ajuda profissional e o suporte de sua família e amigos se tornam fundamentais na sua melhora clínica (e evolução como personagem).
7. Alice Oseman não é de longe uma amadora
Tendo seis livros publicados além de Heartstopper, a britânica Alice Oseman, não é bem uma escritora amadora.
Com formação em Literatura Inglesa em 2016, sua histórias certamente demonstram terem sido produzidas por alguém que leu muito para fazer o que faz.
Dois de seus romances, o já mencionado “Radio Silence” (2016), e “Solitaire” (2014), oferecem pontos de vista diferentes para personagens já conhecidos no universo da Nick e Charlie, como oferecer uma Tori Springs protagonista e tendo que segurar a pressão da família sobre seus ombros — fica fácil entender, então, o porquê da queridinha do público ser tão madura.
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