Você já ouviu falar da FLUP? Se não, já está na hora de conhecer. Por isso, a Woo! Magazine trouxe tudo o que você precisa saber sobre essa festa literária.
Para quem ainda não conhece, a FLUP nada mais é do que a Festa Literária das Periferias, trazendo muita informação, debates e troca de conhecimento entre as mais diferentes pessoas.
Pois, se você pensa que produzir, experimentar e conhecer literatura é coisa apenas para a elite, pode ter certeza de que está muito enganado.
Sobre a FLUP
A Festa Literária das Periferias quebra todos os preconceitos. Foi criada em 2012 com um nome diferente, pois antes era conhecida como FLUPP. Em 2017, vem com uma nova logo e com um P a menos, FLUP.
Surgiu como uma aposta em que seus criadores – Julio Ludemir e Écio Salles – acreditavam que a sociedade civil era capaz de influenciar de forma muito positiva os destinos da “pacificação”. Isso porque foi criada devido à criação das UPPs.
A primeira edição foi chamada de “Festa Literária das UPPs”, inspirada em eventos como a Flip. Porém, os idealizadores depois perceberam que era importante desvincular a Festa Literária da política de ocupação do governo do Rio de Janeiro. Com isso, chegou a FLUP.
As edições anteriores
Desde 2012, a festa traz muita cultura e literatura para os seus eventos, incluindo debates sobre assuntos que estão a todo vapor na sociedade. Por isso, realmente vale a pena fazer parte de sua programação.
Para deixar os leitores da Woo!Magazine por dentro de tudo, fizemos um apanhado do que já aconteceu nos eventos anteriores, além de todos os convidados que já passaram por essa festa.
Em 2012, o homenageado pela Festa Literária das Periferias foi Lima Barreto. Entre os convidados palestrantes estavam Ariano Suassuna, Ferreira Gullar, João Ubaldo Ribeiro, Juan Pablo Villalobos, Najwan Darwish, Ana Maria Machado e MC Swat.
Em 2013, teve como homenageado Waly Salomão. Os palestrantes foram Omar Salomão, Jards Macalé, Jorge Mautner, Muniz Sodré, Paradise Sorouri, Diverse Suhrab Sirat, Toni Marques, Antonio Cícero e João Máximo.
Em 2014, o homenageado da vez foi Abdias Nascimento. Os debates e palestras contaram com Rodrigo Lacerda, Koffi Kwahulé, Nuria Barrios, Anna Dantes, Jessé Andarilho, Toni Blackman e Joel Rufino dos Santos.
Em 2015, Nise da Silveira foi a grande homenageada. Contando com palestrantes de peso, como Alan Campbell, Uwe Timm, Amyr Klink, Jean Wyllys, Rogério Rosenfeld e Caryl Férey.
Em 2016, Caio Fernando Abreu foi homenageado e o evento ainda comemorou os 50 anos da Cidade de Deus. Teve mais de 100 autores de 20 países diferentes discutindo temas sobre racismo, machismo e homofobia. Entre eles estão Akwaeke Emezi da Nigéria, Haroldo Costa do Brasil, Guy Deslauriers da Martinica, Antônio Paciência de Angola, Nadifa Mohamed da Somália/Reino Unido e BNegão do Brasil.
Com isso, podemos ver quantos nomes importantes já passaram pela FLUP, trazendo muita informação, cultura e um novo olhar para um mundo que ainda temos muito para descobrir.
FLUP Pensa
A FLUP Pensa é um processo de formação de novos autores, um projeto que faz parte do evento. Cerca de 156 autores já foram revelados. Por ser um processo de formação é necessário ir aos encontros propostos, participar dos debates e dos seminários.
A experiência de uma forma geral é muito positiva e faz com que os participantes pensem sobre os mais diferentes temas que afligem a atualidade. Ou seja, por ser um processo, com o nome FLUP Pensa, não basta apenas escrever, tem que haver uma troca de conhecimento e refletir sobre os mais diferentes assuntos.
Em 2016, o processo foi o mais longo que a FLUP Pensa já proporcionou, oferecendo formação para escritores nas categorias de poesia, contos, narrativas curtas e quadrinhos.
Os melhores participantes foram lançados em um livro produzido pela FLUP, com uma coletânea dos trabalhos feitos. Os autores das histórias quadrinhos inclusive concorreram ao prêmio FLUP HQ.
O processo de formação da FLUP Pensa 2017 tem a sua abertura hoje, com um seminário de nome “Seis Temas à Procura de Justiça: a poesia também pode inspirar a luta contra o trabalho infantil e a escravidão contemporânea” que ocorrerá no MAR. Amanhã, dia 13 de Maio, o evento continua com mais debates a partir das 13:30h.
Durante o processo será possível participar de encontros com os palestrantes Angélica Freitas, Elisa Lucinda, Marcelo Yuka, Ricardo Aleixo e Sergio Vaz. Além de palestras e muita informação que ainda está por vir, debatendo sobre temas como machismo, criminalização da pobreza, geração de renda, entre outros assuntos.
[divider]Seminário: Seis Temas à Procura de Justiça: a poesia também pode inspirar a luta contra o trabalho infantil e a escravidão contemporânea[/divider]
[divider]Programação[/divider]
12 de maio
- 18h30 – Abertura solene
- Conversa com Marcelino Freire e Marta Porto
- Slam demonstrativo
13 de maio
- 13h30 – Apresentação – FLUP e Ministério Público do Trabalho
- 14h30 – Coffee break
- 15h – Grupos de Trabalho sobre os seis temas:
1. Direito a Circulação (Julio de Tavares)
2. Racismo (Athayde Motta)
3. Machismo (Flavia Oliveira)
4. Brasil, o país dos privilégios (Lia Vainer Schucman)
5. Geração de renda (Marcus Vinicius Faustini)
6. Criminalização da pobreza (Julita Lemgruber)
- 17h – Coffee break
- 17h30 – Desdobramentos
- 19h00 – Encerramento
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.