Como se saiu a décima primeira edição do festival no Brasil
O Lollapalooza Brasil 2024 terminou e trouxemos nossas considerações sobre o que rolou nos palcos do evento. O Lolla (como o festival é carinhosamente chamado) chegou ao Brasil em 2012 com a promessa de trazer o melhor da música alternativa para o Brasil, a proposta primária desde que foi criado como festival itinerante nos Estados Unidos em 1991, por Perry Farrell. Em pouco tempo se tornou referência de festival descolado, para a juventude antenada com a cena musical no exterior. Algo como o Coachella naquele momento, inclusive o line-up do Lolla BR e do festival sediado em Índio, na Califórnia eram bastante similares nos anos 2010.
A versão brasileira do Lollapalooza pode não ser mais novidade, mas é possível ver o esforço em trazer o que há de mais relevante na cena internacional, a despeito de um certo conservadorismo do público brasileiro. Emplacar nomes realmente alternativos, principalmente como headliners, é um desafio. Tanto que se formos olhar os cabeças de chave dessa edição, apenas SZA pode ser chamada de novidade. Blink 182, Arcade Fire, Kings of Leon, Titãs e até mesmo o Greta Van Fleet já são grifes mais do que estabelecidos na indústria.
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De fato a edição deste ano sofreu algumas baixas como foi o caso do Paramore, que esteve no Brasil no último ano e também pode ser chamada de banda veterana, do filho de Will Smith e Jada Pinkett Smith, Jaden, Rina Sawayama e Dove Cameron. O Kings of Leon ficou um tanto deslocado assumindo o lugar de headliner no sábado, mas por outro lado, o Greta Van Fleet acabou sendo uma atração de maior peso do que o cancelamento do dia.
Por falar em line up, no próximo ano seria interessante repensar algumas escalações de palco. Sam Smith, por exemplo, deveria estar no Palco Budweiser, e não superlotando o Samsung, onde quem tinha que se apresentar era o Phoenix, que se apresentou para um público minguado no palco principal. Assim como o The Offspring poderia muito bem fechar o Samsung. Renderia um show bem mais empolgante.
Mas devemos atentar também para os acertos, que começaram do lado de fora com o esquema de metrôs e trens 24 horas durante os dias de evento. Já na escalação, colocar o “Titãs Encontro” como última atração de sábado. Dar à banda nacional que fez um dos melhores shows de 2024 um posto de headliner para sua última apresentação no projeto de reunião da formação clássica foi bastante nobre.
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No mais, podemos concluir que o Lollapalooza continua, sim, relevante no calendário de grandes festivais no Brasil (que segue privilegiando a cidade de São Paulo), pois, por mais que tenha uma série de atrações e ativações além dos palcos (tendência nos festivais do mundo inteiro), ainda há o foco no que mais importa que é a música.
Os shows, em sua maioria foram bastante satisfatórios, com destaque para Arcade Fire e Sam Smith entre os internacionais, e Marcelo D2, “Titãs Encontro” e Gilberto Gil na seara nacional. E fica o pedido para a edição 2025: um intervalo de pelo menos 10 minutos entre o fim de uma atração em um palco e início em outro. 5 minutos não são suficientes para completar o percurso sem perder a primeira música. Os fãs agradecem muito.
Imagem: Divulgação/Lollapalooza (Crédito: Flashbang/Pedro Fatore)
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