De Volta
“The 100 – De Volta” , é o terceiro livro da série. E vai contar como e quem foram as pessoas que conseguiram chegar à Terra, como ficou dividido o esquema populacional, como se reagruparam e muitos, muitos romancezinhos, porque ninguém é de ferro, né?!
Enquanto as coisas estavam indo de mal a pior na Nave, aqui na Terra, parece que os 100 conseguiram uma maneira de se ajustar. Agora, eles já sabem dos terráqueos, e já sabem também que esses terráqueos foram divididos em duas facções. A dos que não tinham problema algum em dividir o espaço com eles – os mocinhos – , e a que queria vê-los o mais longe possível da Terra – os vilões.
Clarcke e Bellamy se configuram como casal da trama. Ainda que com personalidades díspares, ambos conseguem conviver em harmonia, trazendo ao leitor uma pitadela de emoção. Além disso, Wells que na Nave era filho do ditador Chanceler Jaha, tem a chance de estabelecer-se como um líder justo para o seu povo. Ele e Sasha se apaixonam, e os terráqueos – os bonzinhos – veem essa união como muito bons olhos.
Tudo poderia estar fluindo. Os 100 conseguiram enxergar a ordem em meio ao caos. E cada um sabia que papel exercer para ajudar nessa nova vida. No entanto, antes mesmo que eles conseguissem ter seus momentos de paz, três, dos quatro módulos que estavam na Nave caem perto de seu acampamento. E agora cabe a eles – os condenados – a ajuda necessária.
De volta, temos Glass, Luke, o médico professor de Clarke, e o vice-chanceler Rodhes, que na ausência de Jaha na Terra, elegeu-se “a si mesmo” o grande governador daquela balbúrdia.
Com a vinda de outras pessoas, ficou estabelecido o seguinte: Os 100 – primeiro grupo a ser enviado a Terra a fins de experiência –, Colonos – todas as pessoas que chegaram posteriormente nos módulos –, e Terráqueos – pessoas que sobreviveram ao cataclismo e nasceram na Terra – esse último grupo ainda estava divido entre terráqueos do bem e terráqueos do mal.
Por se tratar do, até então, último livro da obra, “The 100 – De Volta” é que mais deixa desejar. É o que tem mais páginas, mas é o que também mais correu com o enredo. Alguns personagens que vêm traçando suas tramas paralelas desde o primeiro livro, simplesmente desaparecem; outras histórias são mal finalizadas e até mesmo alguns personagens centrais parecem perdidos em meio a obra.
Sabemos, no entanto, que Morgan já tem um quarto livro na manga. Este se chamará “The 100 – Rebelião”, porém, ao que tudo indica, essa quarta obra não tem data para ser lançada aqui no Brasil. E isso é muito ruim, porque Morgan parece ter dado um final conclusivo em “The 100 – De volta”, mas deixou no ar se explicará ou não as coisas que ficaram pendentes nesse quarto livro.
Como inicialmente a obra “The 100” seria uma trilogia, pode ser que Morgan tenha feito apenas um livro extra numa espécie de spin-off. Enfim, para bem da verdade, é que só saberemos quando e se esse livro chegar aqui em Terras Tupiniquins.
Mas se pudermos ressaltar as partes boas, a até então trilogia, conta com um enredo que prende o leitor do início ao fim. Além disso, em meio ao caos político que nos encontramos, para as pessoas que ainda não sabem que caminho seguir, “The 100” funcionaria como um bom workshop.
“- Bom. -Luke se inclinou para dar um beijo rápido e delicado em Glass. – Seremos como Adão e Eva – falou ele, com um sorriso.” [p.111]
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