Com muitas reviravoltas, e um desfecho surpreendente – que ainda não é um desfecho completo -, descobrimos as muitas peripécias de Amani.
Esse livro é o segundo de uma trilogia, já falamos sobre o primeiro – A Rebelde do Deserto – por aqui. Em “A Traidora do trono“, temos uma das narrativas mais inesquecíveis que se pode ter e muita adrenalina. Enquanto que no primeiro livro o destaque era Amani – a personagem principal – nesse, temos como grande destaque o inimigo da rebelião, nos fazendo pensar que a luta pela liberdade pode ser muito mais perigosa do que imaginamos inicialmente.
Aqui, Amani está ainda mais unida à rebelião, porém um grande imprevisto faz com que ela se distancie de tudo, pois torna-se prisioneira do sultão, sem poder fazer muita coisa. Assim, ela acaba tendo que viver com a sua nova realidade, a vida no harém do sultão. Porém, tudo o que pensa é voltar para os seus amigos.
“Não me agradava ficar perto dele mais tempo que o necessário. Não quando tinha tanto poder sobre mim. Não quando bastava uma palavra em falso para descobrir quem eu era.” – Amani.
No harém ela descobre um mundo completamente diferente do que está acostumada, mas isso não quer dizer que seja menos perigoso, pois em meio a tantas mulheres querendo a atenção do sultão e do sultim, Amani percebe que elas podem ser extremamente perigosas. Nesse lugar, a protagonista se depara com muita politicagem, intriga até não poder mais e muita competição entre as mulheres, algo extremamente perigoso, pois nessa luta as armas que Amani costumava usar nem sempre são muito válidas, e algo que Amani não sabe usar muito bem são as palavras, ainda mais – em sua condição – no qual não pode mentir.
Durante a sua estadia no palácio algumas dúvidas começam a surgir em sua cabeça. Afinal, o sultão não parece um homem tão terrível quanto a rebelião pintava, mas saber se essa dúvida vai permanecer, só lendo o livro.
No primeiro livro – “A Rebelde do Deserto” – já temos reviravoltas surpreendentes, mas em “A Traidora do Trono” deixa o primeiro no chinelo quando o assunto é surpresa.
É nesse livro que paramos para pensar sobre a relação entre a ficção e a realidade. Pois, além dos djinns e toda a mitologia arábica trabalhados em durante a narrativa, temos como destaque as intrigas familiares. Nesse caso, o fato de você pertencer a uma família não quer dizer que você terá amor, cuidado ou algum tipo de carinho por parte daqueles que deveriam te defender. Aqui, é um pouco diferente, podendo sofrer abusos e opressão dentro de um esquema familiar que é muito diferente.
Em “A Traidora do Trono“, percebemos que o sultão é o que faz surgir todo o desentendimento familiar, fazendo com que ocorra uma grande disputa pelo poder, um poder que está massacrando o seu povo com uma guerra sem fim, fome, seca, entre muitos outros problemas – algo que vemos por aqui a todo momento, aliás.
No primeiro livro, toda essa politicagem é um pouco confusa, nem sempre nos deixando claro o que está realmente acontecendo, mas em “A Traidora do trono“, ela se desenrola de uma forma bem suave, dando respostas a muitas perguntas que não foram respondidas no primeiro.
Mesmo com suas 440 páginas, a leitura é muito ágil, não só por causa de uma narrativa envolvente e uma boa escrita, faz com que o livro seja lido rápido, nos deixando um gostinho de quero mais.
Agora, o que nos resta é esperar chegar o dia 23 março para o lançamento do último livro da trilogia.
“Egoísmo era o que o deserto mais produzia. Eu sabia disso melhor do que ninguém.”
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