O serviço de streaming Disney + foi inaugurado tendo como principal atração a série “The Mandalorian” criada por John Fravreau e que tem como produtor e diretor o menino de ouro do universo Star Wars, Dave Filoni, responsável por animações de sucesso como “Star Wars: Rebels” e “Star Wars: Clone Wars”. Após o término do capítulo um, fica claro o acerto em juntar Fravreau com Filoni – dois artistas imaginativos – pois se trata de um dos melhores materiais baseados na saga criada por George Lucas lançados nos últimos anos.
A história é sobre o caçador de recompensas mandaloriano (Pedro Pascal) que aceita um lucrativo trabalho de um cliente misterioso e superprotegido por stormtroopers. O cliente, interpretado por Werner Herzog, pede que ele busque uma carga em uma fortaleza cheia de mercenários, localizada em um planeta deserto. Quando ele chega ao local, recebe a ajuda do dróide IG-11 (Taika Waititi), que também está atrás da tal carga. Entre tiroteios de Blasters e surpresas, o episódio segue sem nenhum tipo de deslize até seu final, e ainda traz elementos que acalorarão o coração de muitos fãs da franquia intergaláctica.
Talvez, o que mais gere satisfação é o saudosismo presente em cada frame do episódio. A trilogia clássica é referenciada pelo uso de efeitos práticos e o mínimo de CGI possível. Vários personagens secundários presentes no universo expandido estão em “The Mandalorian”, o que reforça a intenção dos criadores em tornar sua obra em mais uma peça de uma grande história contada pelos filmes, quadrinhos, livros, games e séries animadas. Por isso, mesmo com o fim chegando em dezembro com o aguardado “Star Wars: A Ascensão Skywalker”, pode-se esperar uma sobrevida para personagens icônicos por algum tempo. É possível ainda que “The Mandalorian” seja o ponto de partida para mais aventuras com eles, o que seria ótimo.
Em síntese, a Disney mostra que Star Wars nunca perde o fôlego, mesmo quando suas histórias não se apoiam em Jedi e Sith, o que pode tirar um pouco da preocupação do estúdio com o futuro da saga depois do fracasso de “Han Solo: Uma História Star Wars“. Claro que uma série de TV não deve ser usada como parâmetro para o cinema, mas é uma boa amostra do que pode ser feito quando se coloca a paixão e a criatividade na frente do simples lucro de bilheteria. Além disso, há a constatação de que a Disney + levou a sério a empreitada no streaming, o que gerará inúmeros benefícios para os seus assinantes.
Vídeo: Divulgação/Walt Disney Studios/Disney+
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