“Tales of Symphonia”: o que há por trás do grande sucesso da Bandai Namco?

“Tales of Symphonia” ganhará mais um remaster em 2023

“Tales of Symphonia” representa para Tales o que “Final Fantasy VII” é para a
franquia de Final Fantasy. Certamente, é um dos maiores sucessos da Bandai
Namco e ganhou destaque como o primeiro título da franquia a ganhar
notoriedade no Ocidente.

Originalmente, o jogo foi lançado em 2003 para o Nintendo GameCube. Desde
então, Symphonia ganhou uma versão para o PlayStation 2 (2004) e,
posteriormente, teve sua primeira remasterização para o PlayStation 3 (2013) e a
Steam (2016).

Agora, o jogo também está para chegar em todos os consoles atuais. O novo
remaster será lançado no dia 17 de fevereiro para PS4, PS5, Switch, Xbox One e
Xbox Series X/S, com o nome de “Tales of Symphonia: Remaster”.

Veja só o último trailer divulgado pela Namco:

Quem nunca jogou o título antes pode se perguntar o motivo dele se manter
relevante até hoje, quase 20 anos depois do seu lançamento original. Afinal, o
que há de tão especial em “Tales of Symphonia”?

Um universo rico e bem construído

O mundo de Symphonia é amplo e tem uma mitologia própria. A história do jogo
é envolvente do início ao fim. Tudo começa em Sylvarant, um mundo que está à
beira de sua extinção. Mana, a principal fonte de energia deste lugar, está em
falta. Ela é necessária para o uso de magia e têm uma importante função de
suporte para a vida de todos.

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Por conta da escassez de mana, a terra está morrendo, as plantações de comida
não crescem e os habitantes vivem em sofrimento. A única esperança está na
Escolhida pela deusa Martel: Colette Brunel, que deve partir na Jornada de
Regeneração do Mundo para se tornar um anjo e salvar Sylvarant. Para isso,
Colette, seu melhor amigo Lloyd Irving e seus outros companheiros precisam ir
atrás de espíritos adormecidos em templos sagrados espalhados pelo mundo e
libertá-los.

Uma história com traições e reviravoltas (spoilers)

Ao cumprirem a missão, Lloyd e Colette se deparam com uma traição. A Jornada
de Regeneração do Mundo é uma farsa. Não é possível salvar Sylvarant porque
há um outro mundo interligado a este: Tethe’alla. Existe um fluxo entre eles que
faz com que um absorva a mana do outro. Portanto, quando um prospera, o
outro entra em declínio.

Os anjos que enviaram a Escolhida e seus amigos nesta missão, na verdade,
pertencem a uma organização criminosa chamada Cruxis. O objetivo é usá-la
como um receptáculo para o espírito da deusa Martel após a sua transformação
em anjo.

Diante dessas revelações, Lloyd, Colette e seus amigos decidem buscar uma
maneira de salvar os dois mundos, além de impedir os planos diabólicos da
Cruxis.

Um grande antagonista: Mithos Yggdrasil

No decorrer da história de “Tales of Symphonia“, os protagonistas acabam
conhecendo o líder da Cruxis: Mithos Yggdrasil, que certamente é um dos
antagonistas mais marcantes da franquia.

Embora seja impossível defender as ações de Mithos, o jogador consegue
entender quais são as motivações dele quando sua história de vida é
apresentada. Mithos está longe de ser um vilão raso que comete maldades
apenas porque está a fim.

A verdade é que Martel é irmã do antagonista e não uma deusa. Ambos são
meio-elfos, uma raça que surgiu da relação entre humanos e elfos. Mithos e sua
irmã lutaram contra discriminação que seu povo sofria das duas sociedades, o
que acabou resultando na morte da Martel.

O sofrimento de Mithos pela morte da irmã fez com que ele passasse a odiar a
humanidade profundamente. Assim, ele resolve honrar o último desejo de
Martel: acabar com o preconceito entre as raças. Contudo, seus ideais se tornam
corrompidos ao decidir que isso só será possível caso todos se tornem da mesma
raça.

Para isso, ele cria um exército de anjos a partir da mutação de meio-elfos, tirando
a humanidade deles e os transformando em seres sem vida. Com isso, Mithos
fundou a Cruxis. Além disso, Mithos também criou a Igreja de Martel e, assim, sua
irmã passou a ser cultuada como uma deusa. Com as duas instituições em suas
mãos, ele toma para si o controle dos dois mundos.

A partir de 17 de fevereiro, jogadores vão poder viver essa história novamente ou
experimentá-la pela primeira vez. Garanta sua cópia e jogue no console que
preferir