Falando da minha experiência pessoal nos cinco dias em que frequentei o Festival, posso dizer que houve muito mais acertos. Os erros foram pontuais e de fácil resolução para a próxima edição, daqui a dois anos. Um deles é a forma como foi disposto os camarins, que ficam a uma grande distância dos palcos. Esse problema foi bastante comentado pelos profissionais de imprensa, principalmente os acostumados à organização do Rock In Rio, já que lá geralmente os artistas falam no backstage após ou antes dos shows. No The Town, contudo, é preciso sair do show e andar uma distância considerável até os camarins onde rolam as entrevistas. Claro que andar um pouco não faz mal a ninguém, mas tente se locomover no meio de 100 mil pessoas para ir de um lado ao outro em um dia de muito calor.
Outro ponto a ser revisto são os horários de abertura dos portões para o início dos shows e a organização das filas. Houve bastante tumulto e falta de informação, principalmente no primeiro dia, tanto para a imprensa quanto para o público em geral. O público, inclusive, passou por maus bocados para comprar comida e água devido às imensas filas. O fluxo de pessoas foi tão grande que em alguns momentos era difícil saber o que era fila e o que não era.
Agora, tirando esses deslizes, posso dizer que o The Town entregou 5 dias de muita música de qualidade em apresentações que, em sua maioria, foram de alto nível. Dessas podemos destacar o show da Ludmilla, Foo Fighters, Bruno Mars (por duas vezes) Luisa Sonsa (surpreendente) e Post Malone. Claro que houve algumas decepções, como o apático Maroon 5, e também aqueles atrapalhados pelo clima como Racionais MCs com Orquestra Sinfônica de Heliópolis, que subiram ao palco e logo foram surpreendidos com um temporal. Portanto, no cômputo geral, pode-se dizer que foi um bom festival no quesito artístico e também organizacional.
Agora basta esperar para saber se o The Town 2025 nos surpreenderá. As chances são grandes, já que as promessas são de algo ainda maior com adição de espaço e talvez mais dias de shows.
Para finalizar, vale destacar o esforço da organização do The Town em entregar um evento o mais correto possível no quesito sustentabilidade. A promessa de energia solar e redução de lixo foram cumpridas, mesmo recebendo cerca de 500 mil pessoas em 5 dias.
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