Resenha: A Heroína da Alvorada, de Alwyn Hamilton

10 de abril de 2018
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 No terceiro livro da trilogiaA Rebelde do Deserto” , temos um desfecho de tirar o fôlego e uma história muito bem contada, um pouco diferente das mil e uma noites

Em “A Heroína da Alvorada”, temos a continuação da história de Amani, que no primeiro livro sai de sua cidade no fim do deserto e acaba se juntando com a rebelião, armada com a sua arma e depois, com os seus poderes de demji recém descobertos.

Agora, Amani está passando por um momento mais difícil, pois muitos que apoiam a rebelião ou foram mortos ou estão presos, e outros pensam que o Príncipe Rebelde já não está mais entre nós. Porém, isso não é verdade, uma vez que quem foi executado pelo sultão foi uma demji que tomou as feições do príncipe rebelde.

Assim, Amani sabe que tem que tomar a liderança da rebelião e salvar aqueles que foram enviados para a montanha de Eremot. Uma missão, provavelmente, suicida, mas que os que restaram da rebelião vão seguir em nela.

Em “A Heroína da Alvorada”, a todo momento, os rebeldes tentam sair da cidade para salvar os outros, porém o sultão dificultou bastante essa saída, já que cercou a cidade com uma parede de fogo, que veio de um djin e das invenções de Leila – uma princesa que traiu não só a rebelião, mas também o seu irmão que fez de tudo para salvá-la.

Nesse livro, temos várias histórias acontecendo ao mesmo tempo, mas o foco principal é a nossa personagem Amani, em que a todo momento terá que tomar decisões difíceis e sacrificar amigos para conseguir o que tanto deseja.

Além disso, será aqui que Amani reencontrará o seu irmão que no primeiro livro havia desaparecido, e mesmo tomando atitudes controversas, é graças a ele que todos saem vivos da montanha de Eremot – onde vive a destruidora de mundos -, mas infelizmente o seu irmão tem um outro destino. No entanto, para chegar até Eremot, Amani acabou tendo que fazer um acordo com um djin, o que todos avisam que pode ser uma grande cilada.

Assim que os componentes da rebelião se juntam o que eles têm que fazer é voltar a cidade e destronar o sultão, mas para isso precisam de um plano e o que eles resolvem colocar em prática pode fazer com que mais vidas se percam, mas sempre para um bem maior.

Ou seja, temos muita ação, uma história que prende, mistérios sendo resolvidos, e uma luta por um governo justo sem igual. Com uma história que dá vontade de reler, nos deixando aquele gostinho de quero mais e de mais livros assim. Ah, e claro, um pouco de romance.

O livro é escrito em primeira pessoa, sendo sempre do ponto de vista de Amani. No entanto, a partir da metade do livro, quando alguns integrantes da rebelião tomam alguma atitude heroica, ou quando querem anunciar que alguém não está mais entre nós, o texto vai para terceira pessoa, como se fosse um conto das mil e uma noites dentro da história. Uma forma muito singela e bonita para contar o que aconteceu com a pessoa, e o final do livro é como se fosse um conto, com pessoas em torno da fogueira, à espera de mais uma história para saber o que aconteceu com os nossos heróis.

Não só “A Heroína da Alvorada”, mas também “A Rebelde do Deserto” e “A traidora do Trono” são livros fáceis de serem lidos e com uma ótima narrativa, bastante fluida. Além disso, todos os pontos que ficaram em aberto nos dois primeiros livros são tecidos e fechados de forma maestral no último.

Uma trilogia que conta um pouco da mitologia arábica e como é a vida no deserto, com uma história que vale a pena ser lida.

“As histórias seriam imperfeitas, as lendas seriam incompletas. E cada um de nós de pé no jardim naquela noite levaria um universo inteiro de histórias conosco quando morrêssemos, os testemunhos de cada pequeno momento não parecia grandioso o suficiente para os contadores de história, que desapareceria na fumaça quando nossos corpos fossem queimados.”

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