Discoteca básica e representativa nesses 10 discos de artistas femininas nacionais
Nesse Dia Internacional da Mulher, você confere logo abaixo uma lista de álbuns de suma importância feitos por cantoras brasileiras. Não trata-se de um ranking, justamente porque são essenciais.
“Falso Brilhante” – Elis Regina (1976)
Em seu auge, Elis realizou esta “versão em LP” do show mais marcante da maior voz deste país. Puxado por duas faixas compostas por Belchior – “Como Nossos Pais”, “Velha Roupa Colorida” – e “Fascinação”, é daqueles álbuns considerados discoteca básica para qualquer um que queira conhecer a fundo a MPB. No livro dos “500 Discos”, “Falso Brilhante” foi eleito o 32° melhor álbum já feito por um artista brasileiro.
Angela Ro Ro – Angela Ro Ro (1979)
Nesse disco a cantora justifica a comparação frequente feita com a americana Janis Joplin. Quando lançou seu disco de estreia, Ro Ro já tinha muita experiência tanto de música quanto de vida. Sucessora de Maysa e influência para Cássia Eller, ela se debruça em um piano para debulhar um ensaio melancólico calcado no blues.
Leia Mais: 10 álbuns muito aguardados, mas que acabaram flopando
Nara – Nara Leão (1964)
Um grande símbolo feminino, que esteve presente nos grandes momentos da música feita no Brasil de seu tempo e que ainda soube manter-se independente deles.
Conhecida como a “musa da bossa-nova”, ela estreia com um disco que rompe com o movimento, abraçando outros estilos, como o samba de morro, os afrosambas de Vinícius de Moraes e Baden Powell, tudo temperado com muito protesto. O álbum acabou por definir o que viria a ficar conhecido por MPB. Ficava claro que ela não era um enfeite.
Canção do Amor Demais – Elizeth Cardoso (1958)
Lançado quase sem alarde por um selo especializado em discos de poesia, “Canção do amor demais” é a frente do seu tempo. Todo composto por músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes e com um ainda desconhecido João Gilberto entrando em cena mostrando, pela primeira vez em disco, a sua icônica batida de violão. Uma das duas faixas em que o baiano está presente é “Chega de Saudade”, que ele mesmo regravaria meses depois redirecionando a música brasileira.
Leia Também: Ray of Light, um dos álbuns mais importantes de Madonna, completa 20 anos
A Mulher do Fim do Mundo – Elza Soares (2015)
Com mais de 50 anos de carreira, Elza Soares se revitalizava em uma feliz união com nomes da nova geração paulistana (Kiko Dinucci e Romulo Fróes entre eles). Nesse período, a cantora falecida em 2022 aos 91 anos, gozava de seu maior prestígio na carreira. O disco mistura samba, guitarras rasgadas e experimentalismos musicais, além de letras que a consolidavam como um símbolo de resistência e fonte de inspiração para toda as novas gerações.
Gal A Todo Vapor – Gal Costa (1971)
“FA-TAL”, como ficou mais conhecido, é um disco duplo (algo um tanto raro na música brasileira), gravado ao vivo, no momento em que Gal assumiu a missão de manter vivo o tropicalismo enquanto Caetano e Gil estavam exilados. Sua importância vai além da qualidade musical, é um importante documento histórico da chamada “geração do desbunde” que encarou a ditatura militar da forma mais desconcertante.
Álibi – Maria Bethânia (1971)
Músicas como “Ronda”, “Negue”, “Cálice”, “Sonho Meu” e “Não Dá Mais Pra Segurar (Explode Coração)” fizeram desse álbum um enorme sucesso de vendas, unindo de vez a relevância artística de Bethânia ao peso comercial.
Compre Agora: Disco de Vinil "O Que Voce Quer Saber de Verdade" | Marisa Monte
Verde, Amarelo, Anil, Cor-de-Rosa e Carvão – Marisa Monte (1994)
O terceiro disco da cantora mais importante do Brasil desde os anos 70 foi o coroamento de seu status na música nacional. Visto como seu trabalho definitivo, deixou a crítica de joelhos além de ter sido um grande sucesso comercial. “Segue o Seco”, “Na Estrada” e “Maria de Verdade” foram os carros-chefes e o álbum ocupou e 49° lugar na votação da Revista da MTV, ficou em 66° no livro dos “500 Maiores Álbuns” e em 87° na lista da Rolling Stone.
Acústico MTV – Cássia Eller (2001)
Cássia era artista do palco. Daí não surpreender que seu trabalho mais aclamado pelo público seja a sua participação no “Acústico” da MTV. No auge da forma e com um repertório cirúrgico, amparada por Nando Reis, que compunha boa parte do repertório da cantora, Cássia Eller forneceu o que acabou se tornando seu canto do cisne, já que ela morreu apenas sete meses depois de seu lançamento, em dezembro de 2001.
Leia Ainda: Crítica: Cássia Eller, o Musical
Fruto Proibido – Rita Lee & Tutti Frutti (1975)
O primeiro disco de Rita na Som Livre (onde ficaria por dez anos e retornaria em 1991), é sem dúvidas o melhor disco de rock do Brasil. “Fruto Proibido” é um clássico indelével que comprovava que a cantora tinha força suficiente para seguir adiante após os Mutantes.
“Fruto Proibido” tem muitos destaques, “Dançar Pra Não Dançar”, “O Toque”, “Esse Tal de Roque Enrow”, a feminista “Luz Del Fuego”, “Agora Só Falta Você” e “Ovelha Negra”, que mostra a perfeita simbiose de Rita e sua banda Tutti Frutti, sobretudo no solo arrepiante de Luis Carlini.
Imagem e Vídeos: Divulgação
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.