Comumente, se diz que o Brasil não faz bons filmes. A bem verdade, os produtos nacionais com as maiores bilheterias são os mais “povão”, como “Minha Mãe É uma Peça”, que teve dois longas, sendo o segundo a maior arrecadação em bilheteria de um filme brasileiro. Mas também temos respeitáveis representantes dessa categoria, tanto antigos, como “O Pagador de Promessas” e “Deus e o Diabo na Terra do Sol”, quanto mais contemporâneos, tipo “O Auto da Compadecida”, “Central do Brasil”, “Cidade de Deus”, “Que Horas Ela Volta?” e grande companhia.
“Bingo – O Rei Das Manhãs” foi um filme que causou muitas surpresas, tanto entre os críticos quanto entre o público, e pode-se dizer que é um divisor de águas entre os filmes nacionais. Baseado na vida de Arlindo Barreto, o filme conta a história do mundialmente conhecido palhaço Bozo, que teve diversas figuras em vários países, mas com uma adaptação de nome para Bingo. Enquanto divertia crianças fazendo um dos programas mais icônicos da TV dos anos de 1980, o artista por trás de toda aquela maquiagem era apenas mais um desconhecido, o que o desagradava muitíssimo. Vivendo o personagem principal, que teve seu nome mudado para Augusto Mendes, temos Vladimir Brichta. Ele sempre foi visto muito mais como um galã do que como um ator sério, entretanto, com o filme viu-se um lado seu em que poucas produções foram capaz de mostrar. Brichta demonstrou que tem sim potencial para construir uma ótima carreira no cinema futuramente.
Bingo ainda teve uma outra vantagem, além de destacar o nome de Vladimir Brichta: o de conseguir reunir crítica e público em uma mesma sintonia. O filme foi extremamente elogiado por ambos os segmentos e mesmo que ninguém considerasse ele uma obra típica do Oscar, poucos foram os comentários negativos. É um projeto que venceu a resistência do público em geral e ainda conseguiu sair aprovado pela crítica, algo que produções como “Que Horas ela Volta?” e “Hoje Não Quero Voltar Sozinho” não conseguiram fazer.
Outra que também vem construindo uma boa carreira e tem muito potencial é Marjorie Estiano. Praticamente, desde sua estreia na TV em Malhação 2004, a atriz fez diversos outros projetos tanto atuando como cantando de maneira quase ininterrupta. Depois de se fazer presente em 2017 na sétima arte com o filme “Entre Irmãs”, que em janeiro vai virar uma microssérie de quatro episódios na Globo, Marjorie tem uma boa quantidade de longas já produzidos ou em produção, mas ainda sem data para estrear, como é o caso de “Jamais Estive Tão Segura de Mim Mesma”, e de alguns que devem sair até abril, como “Paraíso Perdido” e “As Boas Maneiras”.
Muitas produções de comédia ainda estrearão nos próximos meses, como “De Perto Ela Não É Normal”, “Sai De Baixo – O Filme”, aguardada obra baseada na famosa sitcom transmitida nos domingos da Tv Globo entre 1997 e 2002, “A Escolha Certa”, que junta duas atrizes adolescentes que são um verdadeiro fenômeno entre o público infanto-juvenil: Maísa Silva e Larissa Manoela.
Um filme muito esperado é o live-action da famosa história em quadrinhos de Maurício de Souza, “A Turma da Mônica – Laços”, que em outubro de 2017 apresentou seus atores mirins e está em fase de produção, ainda não tem data de lançamento, mas conta com previsão para 2018. Outro que também está na fila e tem data pra estreia em 20 de Setembro deste ano é “Marighella”, filme dirigido por Wagner Moura, e fala da história de Carlos Marighella, político, poeta e guerrilheiro que foi brutalmente assassinado pela ditadura militar em 1969.
Há vários filmes já produzidos e que ainda não estão com datas certas, como “Maria do Caritó”, com Lilia Cabral, “De Novo Não”, com a youtuber Kéfera, “Todas As Canções de Amor”, com Marina Ruy Barbosa e Bruno Gagliasso, e “Legalidade”, com Cléo Pires.
Seja bem vindo, cinema brasileiro de 2018!
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