Ti West lança o terceiro filme da saga iniciada por “X – A Marca da Morte”
O capítulo final da trilogia de terror dirigida por Ti West chega aos cinemas! Com Mia Goth, neta da atriz brasileira Maria Gladys, interpretando Maxine Minx, o horror com pegada oitentista atinge o seu tão aguardado clímax.
Aqui, acompanhamos a personagem principal, uma atriz pornô com grande relevância na indústria adulta que pela primeira vez tem a oportunidade de se tornar uma estrela de Hollywood! Agarrando a oportunidade com unhas, dentes, e muita violência, Maxine deve enfrentar seu passado e as consequência dos eventos de “X – A Marca da Morte”.
Mas o que poderia ser um grande desfecho para a saga se torna em poucas palavras um projeto desleixado. E isso fica claro de acordo com o avançar do longa. No início, temos cenas tanto dramáticas quanto violentas que são primorosas. Reestabelecem a personagem principal no centro da trama e demonstram que diferente de outras protagonistas do horror, Maxine é letal e impiedosa. Isso tudo enquanto Mia Goth entrega, como nos filmes anteriores, uma incrível performance. Temos a adesão de personagens de aparência icônica interpretados por outros queridinhos do público, como Giancarlo Esposito, mas que pouco causam impacto para a trama principal. Destaque também para Elizabeth Debicki com sua personagem interessantíssima. E claro, o humor pontual e muito bem feito por parte de Ti West, que está presente em toda a trilogia.
Com personagens secundários pouco interessantes, MaxXxine não causa impacto ao elimina-los.
A decaída do longa começa justamente quando o cenário acaba de ser apresentado para o público e a trama começa a caminhar. Temos aqui um antagonista misterioso que ligado à uma seita satânica está assassinando a torto e direito os moradores de Los Angeles. Sendo um filme que faz referência ao horror dos anos 80, imediatamente os projetos de Wes Craven gritam como inspiração. Mas não possui o mesmo apelo… Em “Pânico”, a identidade e o modus operandi do antagonista é importantíssima para a criação de uma tensão letárgica. Mas nós já sabemos desde o primeiro segundo o objetivo do antagonista, e mesmo que não sabendo sua identidade, suas ações se tornam previsíveis. E infelizmente, as mortes e o gore não são legais! Eles não permanecem na tela por mais de alguns segundos, e se mostra tímido entre cortes rápidos.
Mas é fácil deixar isso de lado e continuar se entretendo com a maluquice da vida de MaxXxine… até que o antagonista é revelado. O ator que interpreta o grande “vilão” da trama não faz um bom trabalho, nos tirando imediatamente da trama e nos fazendo questionar se esse é realmente o desfecho esperado por Ti West. Eu nunca desejei tanto a morte de um personagem só pra não ter que continuar assistindo a ele em tela.
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Em suma, “MaxXxine” se demonstra como o pior dos três filmes, não por ter se perdido, mas talvez por se prender demais a ideia inicial. Faltou a Ti West perceber o grande potencial que a trama de uma mulher com sangue nos olhos que não mede esforços pra atingir o topo da indústria cinematográfica possui.
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