Russel Crowe deixa “O Exorcista do Papa” um filme menos comum
É uma realidade que os filmes de possessão demoníaca não são novidade. É um gênero de terror que conquistou o público principalmente após o sucesso de “O Exorcista” (1973). Após isso, o gênero foi sugado das mais variadas formas possíveis e, em poucas tramas surpreendeu o expectador novamente. Mas, histórias que remetem a casos reais sempre possuem mais apelo do público. Poderia então ser esse o grande trunfo de “O Exorcista do Papa”, no entanto, indo além do trivial, o que nos conquista realmente nesse longa é o interessante protagonista através da atuação de Russell Crowe, que traz sofisticação, ao lugar comum e até nas piadas.
A trama acompanha Gabriele Amorth, exorcista do Vaticano de grande confiança do Papa. Criticado por parte do clero, Gabriele é designado para acompanhar um caso em uma antiga abadia da Igreja Católica. Lá, uma família recém chegada teve um dos seus membros, um jovem menino, possuído.
O exorcismo como todos já conhecemos, mas é divertido
É difícil fugir do clichê em um terror. E, se tratando da temática do exorcismo, as cartas já são marcadas e não há para onde correr. Nesse ponto, a escolha em aprofundar o enredo para dentro dos personagens, principalmente em relação a Gabriele, ao invés de saturar o demônio em todas suas caretas e poder foi a opção certa. Com um humor acido e que traz alívio no meio da trama, o exorcista Gabriele rouba a cena do filme e dá segurança a história, diante da boa atuação de Crowe.
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Outro fato que agrada é o dinamismo. Não há muito tempo de espera entre as ações, tudo ocorre em uma sequência que deixa o expectador preso. No entanto, para quem espera sustos, esse não é o filme. As cenas são construídas sem aberturas para jump scare, o terror está mais voltado para o sobre natural e a tensão.
Um fato importante nesse filme é que o demônio tem voz como personagem real da trama. A troca de diálogos entre o exorcista e o demônio são longas e aprofundados uma vez que levantam casos sobre os próprios personagens. Nesse ponto, destaca-se também um capricho do roteiro na criação das falas.
Uma diversão básica para quem gosta de terror
Apesar de trazer cenas mais mirabolantes e com bons efeitos especiais, isso pouco impacta no filme. Talvez, um embate mais orgânico entre o padre exorcista e o demônio fosse mais interessante do que toda parafernália que vemos em tela e que pouco convence.
Por fim, não espere muito de “O Exorcista do Papa”, ele não é um terror inovador, tão pouco possui um enredo muito assustador. Mesmo assim vale conferir, principalmente por trazer um personagem real que é muito interessante. Também vale ressaltar que o filme deixa gancho para continuações.
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