Woo! Magazine

Menu

  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar

Siga nas Redes

Woo! Magazine

A imaginação ao seu alcance

Digite e pressione Enter para pesquisar

Woo! Magazine
  • Home
  • Editorias
    • Filmes
    • Séries/TV
    • Música
    • Geek
    • Literatura
    • Espetáculos
  • Especiais
    • SpotLight
      • Lollapalooza
      • D23
      • CCXP
      • Mostra SP
      • Festival do Rio
      • Rock in Rio
      • The Town
      • Bienal do Livro
      • Game XP
    • Entrevistas
    • Premiações
  • Streamings
    • Netflix
    • Amazon Prime Video
    • HBO Max
    • Disney+
    • Apple TV+
  • Listas
  • Colunas
    • Curiosidades
    • Terror
    • Internet
    • Business
    • Tecnologia
    • Esportes
    • Gravellizar
Instagram Tiktok X-twitter Facebook Pinterest
Crítica de TeatroEspetáculos

Crítica: Se Eu Fosse Iracema

Avatar de Adriana Dehoul
Adriana Dehoul
27 de dezembro de 2017 4 Mins Read
Foto Lenise Pinheiro
Foto: Lenise Pinheiro

Acabou no último dia 21 de Dezembro a temporada no Centro Cultural Da Justiça Federal – CCJF, o espetáculo “Se Eu Fosse Iracema” que traz a cena temáticas que, infelizmente, vem sendo esquecidas ou deixadas de lado pela sociedade brasileira de modo geral. A história que aprendemos na escola e que lemos em grande parte dos livros escolares, nos tendenciam a esse “esquecimento” e transformam os verdadeiros donos dessa terra quase em seres mitológicos que só existem no imaginário coletivo. As instituições de ensino e, consequentemente, as pessoas que se formam nelas, negligenciam a perspectiva ameríndia da história e basicamente só enxergam versão do dominador e isso cria uma ferida social enorme.

Extremamente inteligente a dramaturgia de Fernando Marques nos propõe olhar a coisa por outros ângulos e sem seguir caminhos lineares, mantém o público atento a cada detalhe da encenação. A luz é assinada pelo também diretor e cenógrafo do espetáculo Fernando Nicolau, e contribui diretamente para que o espetáculo e todas as cenas ganhem potências tais que inquietam, que surpreendem, que fazem o público participar da história que esta sendo contada.

Direção precisa, evidenciada pela iluminação e movimentação cênica, acentua a força da temática retratada, hora causando risos, hora nos fazendo pensar, hora colocando os espectadores em check no sentido de nossas morais volúveis e super valorizações, muitas vezes, deturpadas. É ácido, é irônico, é forte, é militante, mas não no sentido de trazer respostas prontas e sim no sentido de fazer refletir. Faz com que o publico retorne pra casa ainda digerindo o que foi visto e ouvido, sem saber ao certo definir o que foi experienciado e sentido ali. Não é sobre gostar ou não, é mais sobre ser necessário, urgente e incomodo por nos obrigar, de forma totalmente artística, a remexer questões que talvez não estejamos prontos para enxergar.

Se eu fosse Iracema Foto de cena Foto IMATRA 03

A atuação de Adassa Martins é algo a ser bastante destacado também, pois a intérprete nos apresenta variados personagens. Cada um muito bem delineado trazendo um corpo, uma voz, um rítmo e entonação de fala diferente de outro. A preparação vocal de Ilesi nos faz sentir, na grande maioria das vezes, estarmos diante de cada ser humano apresentado ali.

“Escolhemos trabalhar o ciclo da vida: a origem do mundo, a infância, a adolescência, a fase adulta na figura da mulher e o ancião, na figura do pajé chegando ao fim do mundo”, explica o diretor. Esse ciclo, no entanto, não é colocado de forma linear e traz referências a etnias diversas. Fernando Marques ressalta que essa variedade “foi fundamental, porque não queríamos falar sobre uma ou outra etnia, mas buscamos um olhar abrangente sobre os povos originários, que são muitos e diversos.”

“Se eu fosse Iracema” nasce de uma inquietação gerada após a leitura de uma carta de outubro de 2012, em que os índios Guarani e Kaiowá pediam que fosse decretada sua morte coletiva em vez de lhes tomar sua terra. E essa inquietação transborda do palco para a plateia de forma gradativa, mas muito assertiva.

O figurino e caracterização assinado por Luiza Fardin dão mobilidade à atriz ao mesmo tempo que trazem uma sonoridade que compõem as cenas. A trilha sonora original proposta por João Shimid também compõe e enfatiza tensões importantes da dramaturgia.

16179317 933852413425970 6738611153214106922 o

Este é o primeiro espetáculo da 1COMUM Coletivo e certamente não é à toa que tem tido boa repercussão junto ao público e à critica bem como as indicações e premiações já recebidas como o de melhor figurino pelos Prêmios Shell, APTR e Cesgranrio no ano de 2017, além de indicações para a intérprete Adassa Martins na categoria atriz no Prêmio Shell, APCA e APTR, e para Fernando Marques na categoria autor no Prêmio APTR.

Como já dito anteriormente, trata-se de um espetáculo necessário, com uma pesquisa consistente onde as temáticas são trabalhadas de forma artística, mas sem ilusionismo. É daqueles espetáculos que deveriam ganhar muitos outros palcos para que sua mensagem cheguem ao máximo de pessoas possível.

Finalizamos com esta frase que consta no programa da peça e que ainda esta reverberando aqui e que talvez lhe instigue a estar na próxima temporada e conhecer um pouco do trabalho deste coletivo.

“Face ao outro – ou àquele que insistimos em não reconhecer como nós – somos capazes de qualquer outra coisa que não: destruir?”

Se eu fosse Iracema Foto de cena Foto IMATRA 04
Crítica: Se Eu Fosse Iracema
Sinopse
Prós
Contras
4.5
Nota

Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso  CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.

Tags:

CCJFCesgranrioCultura RJMonólogoTeatro

Compartilhar artigo

Avatar de Adriana Dehoul
Me siga Escrito por

Adriana Dehoul

Adriana Dehoul é maquiadora, atriz e produtora desde que resolveu seguir seus sonhos na carreira artística. Sem perder a meninisse para as durezas da vida, ela gosta de subir em arvores e viajar ouvindo o canto dos pássaros e as ondas do mar. Deseja compartilhar poesias nesse mundo de inquietações que transborda amor apesar de tudo.

Outros Artigos

Adaptações
Anterior

Quadrinhos que merecem adaptações

21843962 1743068699320870 1002405586 o
Próximo

Séries que você precisa assistir em 2018 – Parte 1

Próximo
21843962 1743068699320870 1002405586 o
27 de dezembro de 2017

Séries que você precisa assistir em 2018 – Parte 1

Anterior
27 de dezembro de 2017

Quadrinhos que merecem adaptações

Adaptações

Sem comentários! Seja o primeiro.

    Deixe um comentário Cancelar resposta

    O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

    Publicidade

    Posts Recentes

    Colagem com duas fotos. À esquerda, autora Claire Douglas assinando livro em sessão de autógrafos, cabeça reclinada, escrevendo, com uma blusa rosa claro de tom neutro e jeans em uma mesa de madeira. À direita capa de seu livro "A Outra Irmã", no Brasil pela Editora Trama.
    A Outra Irmã | Best-seller Que Promete Fisgar Fãs de Suspense Chega ao Brasil
    Nick de Angelo
    The Town 2025 está chegando!
    The Town 2025 | Saiba Como Baixar o Seu Ingresso
    Amanda Moura
    Criança de "A Hora do Mal" vista apenas por sua silhueta preta abrindo uma janela de noite, de costas.
    A Hora do Mal | Terror Grotesco Com Julia Garner e Josh Brolin Prende do Início ao Fim
    Pedro Mesquita
    Irmãos de "Faz de conta que é Paris" (2024) de braços dados com o pai fingindo estarem em uma viagem a Paris em um trailer. Estamos diante de uma paisagem campestre.
    Faz De Conta Que é Paris | O Afeto a Partir de Falta Dele
    Roberto Rezende
    Ebony, WIU e Tasha & Tracie estarão no The Town 2025
    The Town 2025 | Conheça 3 Artistas do Primeiro Dia de Festival
    Amanda Moura

    Posts Relacionados

    Raphael Elias como Djavan em "Djavan, o Musical: Vidas Pra Contar", em cartaz do musical.

    Djavan, o Musical: Vidas Pra Contar | Técnica e Conteúdo em um Espetáculo Memorável

    Thiago Sardenberg
    23 de julho de 2025
    Donna, vestida com uma jardineira, e amigas no primeiro filme de "Mamma Mia", dançando pelas ruas acompanhadas de uma multidão.

    Por que “Mamma Mia!” Ainda Faz Tanto Sucesso (Mesmo Depois de Tantos Anos)?

    Joanna Colaço
    6 de maio de 2025
    Beth Goulart como Clarice Lispector na peça "Simplesmente Eu, Clarice Lispector", caracterizada como a autora, com um vestido vermelho, saia e sapatos escuros, pernas cruzadas, e segurando um cigarro.

    Simplesmente Eu, Clarice Lispector | Espetáculo Encerra Temporada e Já Tem Retorno Confirmado

    Joanna Colaço
    30 de abril de 2025
    Teatro lotado para apresentação da peça "É disso eu que tô falando", do humorista Marco Luque.

    Marco Luque: É Disso que Eu Tô Falando | Peça Resgata o Melhor da Carreira do Humorista em 4 “Atos”

    Roberto Rezende
    13 de março de 2025
    • Sobre
    • Contato
    • Collabs
    • Políticas
    Woo! Magazine
    Instagram Tiktok X-twitter Facebook
    Woo! Magazine ©2024 All Rights Reserved | Developed by WooMaxx
    Banner novidades amazon