É muito comum, principalmente com os jovens, que em alguma fase da vida, bata uma certa insatisafação, algo como um comodismo que os acompanhou durante um longo período e que só é percebido quando chega-se no limite. Ou aquela sensação de que nada de bom ou de novo acontece, o que acaba gerando uma grande expectativa por algo que faça a diferença e comece a dar brilho na vida.
É exatamente o que acontece com Felipe e Paulo Ricardo. Os dois são amigos da época do colégio que perdem o contato durante um longo período após Felipe começar a namorar. Paulo Ricardo parece ter parado no tempo e ainda não descobriu os prazeres da vida.
Um tanto quanto clichê, Tamo Junto busca retratar a vida de jovens em busca de liberdade, sexo e diversão, mas nada de forma apelativa, tudo na base da comédia.
No filme, Felipe parte do princípio que estar solteiro é estar feliz, e após terminar seu relacionamento, se aventura para retomar a vida antiga, mas acaba se surpreendendo. Ao reencontrar seu “velho amigo”, ainda inexperiente, os dois começam o chamado “filme de suas vidas” com muita trapalhada e um final já esperado.
Com um roteiro que não traz nada de novo, o filme não chega a ser ruim, mas poderia ser melhor. O elenco ajuda com boas interpretações como a do próprio diretor Matheus Souza, que faz o papel de Paulo Ricardo, o nerd inexperiente, que garante momentos engraçados. Sophie Charlotte também se sai bem e ajuda a engrandecer o filme. Apesar de rápidas aparições no longa, Fábio Porchat e Fernanda Souza garantem cenas engraçadas que valem o destaque. Leandro Soares, que vive o personagem principal, Felipe, faz muito bem a sua parte e não deixa a desejar, a única coisa que o personagem peca é o bordão criado para seu amigo que acaba se tornando chato de tão repetitivo.
As externas do filme contaram com cenários bem cariocas como a praia e o calçadão, além de cenas internas sempre dentro de apartamentos, com destaque principal para o quarto característico de jovens geeks, com muitos posters de filmes, séries, bonecos nas estantes e temas de personagens em quadrinhos. O figurino mantém a linha jovem contemporâneo, bem despojado e básico, dando ênfase ao filme, só exagera no personagem dito nerd.
O diretor, Matheus Souza continua na sua linha comédia jovem mantendo as mesmas características de seus trabalhos anteriores, e tenta um repeteco do longa Apenas o Fim. Mas não consegue trazer nada de diferente para Tamo Junto.
Para quem apenas busca se divertir com um roteiro adolescente com algumas piadas (que de fato até arrancam risadas), o filme cumpre seu papel. Tamo Junto tem estréia prevista para dia 8 de dezembro.
Por Bruna Tinoco
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