Com uma criança que sabe apontar sua camera para o lugar certo e fazer as perguntas certas, esse longa nacional é Um filme de cinema!!!
No filme “Um filme de cinema” acompanhamos Bebel, uma menina extrovertida que tem um pai cineasta que está passando por um bloqueio criativo no trabalho, ela decide então fazer um filme para um projeto escolar que irá levá-la a várias confusões e aprendizados enquanto mergulha na história do cinema e na pergunta principal: o que é a vida? O filme tem 83 minutos de duração e nos convida de forma didática a mergulhar na história do cinema pelo olhar de uma criança.
A direção de Thiago B. Mendonça é competente e bem equilibrada, por mais que, o filme tenha um baixo orçamento, o diretor e sua equipe conseguem contornar essas dificuldades e entregam um bom material para ser conferido na telona. Mérito também da fotografia de André Moncalo, que ilumina bem suas cenas tando diurnas quanto noturnas, mesmo quando mais estilística a fotografia sempre tende a permanecer com um ar meio amador (no melhor sentido da palavra), pois o material é um filme feito por crianças com um ar documental.
A direção de arte, assinada por Bira Nogueira, traz o que consegue criar bons visuais com os cenários bem escolhidos e decorados. Mesmo a decoração mais simples consegue transmitir muito bem cada sentimento que o roteiro pede.
O figurino e maquiagem de Leide Castro, conseguem expressar muito bem as diferentes épocas e ao mesmo tempo curiosamente sempre deixando um ar de modernidade sejam nas vestimentas ou no próprio cenário.
O problema principal da obra está em seu roteiro, assinado pelo próprio diretor Thiago B. Mendonça. Ele traz aqui um roteiro didático demais que pode cansar alguns telespectadores. Ele é curto? Sim, mas, o roteiro no início se arrasta um pouco.
O que acaba por te prender de forma efetiva durante o filme são as crianças, principalmente a protagonista Bebel (Bebel Mendonça) que tem um carisma em tela muito divertido de acompanhar, tanto nos momentos de comédia quanto nos dramáticos ela segura bem as pontas. O restante do elenco também não fica muito atrás, apenas alguns momentos, principalmente no fim do segundo ato para o terceiro, começamos a perceber um desgaste de diálogos com falas ingessadas que não soam com naturalidade na boca dos atores.
O filme é uma fofura, entretanto com altos e baixos no seu roteiro, ele parece ser uma boa pedida para as crianças e para as famílias que buscam um entretenimento leve, fofo e até educativo, trazendo lindas reflexões sobre, o que é a vida e a história do cinema pelo olhar infantil e inocente de seus protagonistas mirins.
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