Pautado nos clássicos do gênero, “Deathbound” surge com proposta inovadora
Produzido inteiramente por um estúdio nacional, “Deathbound” é o novo soulslike que promete te tirar do clássico “espada e escudo” com seu estilo de gameplay diferente do habitual. ‘Mas quão diferente?’ Durante o jogo, você coleta a essência de guerreiros de outras classes, desde um mago até a um capoeirista! Não obstinado a te manter jogando somente com uma classe, o game implementa uma mecânica de “sinergia”. Onde você pode transitar por entre os personagens durante a ação.
O estúdio carioca Trialforge se lança no mercado com o quê por essência (risos) se mostra muito inovador para um gênero como o Soulslike. Os jogos proeminentes do gênero buscam sempre se diferenciar através do estilo, e muitas poucas vezes exploram a fundo a sua estrutura. Deathbound, mesmo que pautado inteiramente nos games raízes da FromSoftware, como “Demon Souls” e “Dark Souls” de 2011, não possui medo de inovar na sua proposta.
Das ruínas da queda de uma civilização avançada, outra pautada na religiosidade surge. O personagem principal, ou melhor, o primeiro personagem introduzido, cultua e trabalha em prol da Deusa Morte. Esse Paladino por uma razão misteriosa é incapaz de morrer em combate, e agora está fundido com outros guerreiros caídos. Em busca de resolver sua “maldição”, todos embarcam na jornada.
Como dito anteriormente, Deathbound é pautado nos clássicos games da FromSoftware, e se você já jogou alguns deles, você sabe o quão punitivo o combate pode ser. Como na primeira parte nós só temos acesso ao Paladino, fica evidente as semelhanças ao gênero, com suas rolagens como forma de proteção e sua curtíssima barra de estamina. A grande questão de Deathbound é que você, ao subir de nível, não pode aumentar a sua vida total ou sua quantidade de energia.
Muitas das ideias de Deathbound são incríveis, mas elas cumprem o prometido?
O quê, ao longo do jogo, se prova muito bem justificado. Você acumula essências, e então pode escolher entre até quatro delas para ter rápido acesso durante a ação. E quando eu digo durante, digo entre um ataque e outro, criando combos e formando estratégias para passar dos chefes. A mecânica de sinergia é fenomenal. Realmente fica muito difícil de enjoar do game quando se pode sempre estar renovando a forma como se joga. Ele te incentiva e até mesmo te recompensa quando você consegue fazer combos com êxito.
O principal problema encontrado durante a Gameplay está na sua movimentação, que possui pequenos bugs como ao subir e descer escadas além de travar em alguns cantos do mapa. Mapa esse que muitas vezes se mostra confuso de se guiar com seus atalhos e conexões que te fazem questionar se você só não está andando em círculos por meia hora.
Mas o quê mais me incomodou foi o sistema de cura, que é extremamente punitivo. Para curar um personagem, os outros três alter-egos levam um dano considerável. E num jogo que não te permite aumentar seus pontos de vida ou sua estamina, talvez seja demais. Além das linhas de diálogo e dublagem, que ao invés de complementar e funcionar em prol do game, me deram vontade de silenciar o jogo enquanto escutava uma trilha mais emocionante.
O potencial de Deathbound é enorme, e é muito empolgante saber que projetos como esse podem ser encontrados em solo brasileiro. Fico na expectativa de novos jogos da Trialforge e como eles irão manter o jogo a partir de agora, com novas atualizações e DLCS.
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