Em 1985, o “Rock in Rio” colocava o Brasil no circuito do show business internacional. Foram 10 dias de muita música e muita emoção, que tomava conta de todo o público que ocupava uma área de 250 mil metros quadrados, no Rio de Janeiro. Foi construído um palco com 80 metros de boca de cena – o maior do mundo na época -, para receber 15 atrações nacionais e 16 internacionais. A chamada Cidade do Rock recebeu ao todo, 1 milhão e 380 mil pessoas durante todo o festival. O público ali presente celebrava a música e a vida, afinal, o país dava os primeiros passos rumo a democracia após o duro período da ditadura militar. Nascia ali o maior festival de música do mundo.
Desde o início, o festival abrange os maiores estilos musicais, e não apenas o Rock, como no nome. O Rock in Rio já teve 17 edições: seis no Brasil, sete em Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. Estamos caminhando para a 18° edição, a sétima no Rio de Janeiro e, ainda sim, para muitos é difícil aceitar que o festival é para todos. Do rock ao pop, desde 1985 o Rock in Rio inclui em sua lineup os artistas mais variados, e será sempre assim.
“Conseguimos o mais difícil. O Rock in Rio proporciona experiências inesquecíveis pra todos os públicos. Nos palcos têm metal, pop, rock, MPB, tem de tudo.” Roberto Medina, Fundador
O primeiro artista a pisar no Palco Mundo, não foi um cantor de rock, heavy metal, punk ou de hard rock. Ney de Souza Pereira, ou apenas Ney Matogrosso, cantor de Música Popular Brasileira, com pegadas da Bossa Nova, fez história ao dar início aos trabalhos do festival. Na sequência, outros grandes artistas nacionais como Erasmo Carlos, Baby do Brasil e Pepeu Gomes, se apresentaram para a multidão, ainda um pouco “intolerante” aos estilos que por lá se apresentavam. Elba Ramalho, Gilberto Gil, Ivan Lins, Alceu Valença e Lulu Santos, foram outras atrações do time da diversidade sonora do Rock in Rio. O público estava fervendo para assistir a banda de hard rock britânica Whitesnake, que substituía o Def Leppard, o heavy metal do Iron Maiden e os reis do rock britânico, Queen com a voz inesquecível de Freddie Mercury e os rapazes Brian May, John Deacon e Roger Taylor.
Uma coisa é certa: a produção do festival nunca teve medo de ousar e misturar os estilos. Não importa se colocarem um artista MPB, em uma noite em que a principal atração é “puxada” para o lado rock ou heavy metal. O importante é o respeito, que por muitas vezes, é falho. Na edição de 2001, no Maracanã, o cantor Carlinhos Brown cantava o seu samba-reggae, quando recebeu vaias e garrafadas do público, que clamava por Guns N’ Roses e Oasis. Com o ocorrido, o festival foi se organizando de uma forma onde os gêneros, não ficariam tão distintos uns aos outros, o que evitaria grandes problemas e desrespeito.
“Eu toco de tudo! Tanto que um dos maiores sucessos do Sepultura foi eu quem escrevi, que é o ‘Ratamahatta’. Era um momento que não se tinha essa informação e eu era exuberante demais. Isso choca!”, disse Carlinhos Brown em uma entrevista ao portal Gshow.
Desde então, todas as edições realizadas até agora, e a futura, que será realizada em setembro, no Rio de Janeiro, a line-up inclui: pop, rock, axé, heavy metal, e até mesmo o hip-hop, que apresenta um palco exclusivo na Cidade do Rock, no formato Street Dance. Ah, e o som eletrônica, com uma tenda iradíssima ao final da Rock Street! O Rock in Rio é definitivamente eclético.
Mas calma aí, é Pop in Rio ou Rock in Rio?
Essa pergunta definitivamente é a mais feita durante no período pré-festival. Como de costume, o “Rock in Rio” dedica 3, dos 7 dias do evento, a música pop e seus derivados. Pode ser no primeiro final de semana, como será em 2017, ou encerrando, como na festa dos 30 anos, em 2015, que terminou com Katy Perry. Aos haters de plantão: aceitem, vai ter muito pop pela frente, em todas as edições, ou não existirá “Rock in Rio”. Não há dúvidas de que o gênero atualmente é o mais forte do MUNDO, e sempre são os primeiros a terem os ingressos esgotados rapidamente. Em 2015, no dia em que Rihanna, Sam Smith, Sheppard e Lulu Santos se apresentaram, teve todos os ingressos disponibilizados, esgotados em apenas 52 minutos, um recorde absoluto de vendas.
O que deixa o festival ainda mais bacana é isso: a diversidade musical! Rock para quem curte rock, pop para quem curte pop, eletrônica para quem curte eletrônica. O significado de Rock in Rio? PARA TODOS. Não curte Lady Gaga, Maroon 5, Red Hot Chili Peppers, Aerosmith? Relaxa. São 7 dias lotadíssimos de atrações, com certeza você se divertirá em algum. E caso não tenha algo que curta muito, vá para aproveitar a vibe do festival, que é única!
Em 2015, resolvi ir ao festival. A data escolhida, 19 de setembro. Metallica era headliner, e também se apresentaram Motley Crue, Gojira e Royal Blood, no Palco Mundo. Não faz o meu estilo, curto mais pop, eletrônica entre outros. Porém, fui acompanhado de primos, e eu não havia como questionar (risos…). Pensei que seria horrível, e que eu fosse sofrer ouvindo músicas que nunca ouvi na minha vida, com uma galera totalmente diferente da minha vibe. E olha, me arrependo de tudo o que havia falado antes. Foi simplesmente fantástico! Me apaixonei a primeira vista pelo duo Royal Blood, o melhor show da noite, na minha humilde opinião. Aproveitei o show do Motley Crue, que por coincidência, era o último da carreira deles. Me esbaldei tanto, que não resisti ao final. Apenas ouvi o show do Metallica, deitado próximo a roda gigante, com os olhos quase fechando. Resultado de uma pessoa que aproveitou ao extremo, cada segundinho naquele lugar mágico, a Cidade do Rock. Ah, e detalhe, virado da noite do dia 18 (sim, fui 2 dias seguidos, e amei!).
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A sétima edição do Rock in Rio chega em setembro, e vai rolar nos dias 15, 16, 17, 21, 22, 23 e 24 de setembro, na nova Cidade do Rock, no Parque Olímpico da Barra. No dia 06 de abril, haverá a venda oficial de ingressos para a festa, com toda a lista de atrações já divulgada. Até o momento Lady Gaga, Maroon 5, Justin Timberlake, Aerosmith, Bon Jovi e Red Hot Chili Peppers são os headliners. Estamos contando os dias para saltar na tirolesa (com medo, mas “bora” curtir a vida!), conhecer pessoas maravilhosas de cada canto da país e curtir intensamente cada momento do maior festival de música do MUNDO, o Rock in Rio.
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Por Matheus Lima
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