O super-herói mais poderoso do mundo pode derrotar qualquer inimigo ou ameaça com um único soco, de forma que não haja nada que se oponha a ele. Este poder incomparável seria maravilhoso, se não levasse esse herói para uma vida vazia de depressão e tédio.
Este é o contexto de “One Punch Man” (“Wanpanman”, no original), anime lançado em 2015 por Tomohiro Suzuki, inspirado no webcomic (2009) e mangá (2012) do autor One, com ilustrações de Yusuke Murata na versão mangá, que chegou agora em Julho de 2017 à Netflix, já se tornando no primeiro mês um dos títulos mais vistos do serviço de streaming.
O anime se passa em um Japão fictício que é atacado rotineiramente por monstros dos mais diversos tipos e origens, e conta a história de Saitamaum – super-herói clandestino que vive na cidade Z. Saitama era um sujeito normal que, após uma entrevista de emprego fracassada e a tentativa de um monstro de matar um garoto que pregou uma pegadinha nele, coloca um foco na sua vida. Ele resolve fazer a diferença e se tornar o maior super-herói de todos. Com isso, treina durante 3 anos, ficando tão poderoso que se torna capaz de derrotar qualquer inimigo com um único soco. Porém, todo este poder e a incapacidade de encontrar um desafio a sua altura, faz com que Saitama leve uma vida monótona e depressiva, fazendo-o questionar constantemente o motivo inicial de ter buscado tanto poder, o papel dele mesmo como herói e a busca eterna de um adversário que possa trazer de volta emoção para as suas lutas.
Durante suas batalhas, que apresentam sequências de luta dinâmicas, divertidas e empolgantes, capazes de fazer o espectador prender o fôlego, Saitama acaba conhecendo novos aliados, amigos, rivais e inimigos (que resistem apenas até o primeiro soco) e constrói seu caminho de reconhecimento como um grande super-herói. Com um enredo fortalecido pela presença constante de humor em praticamente todos os momentos, seja nos diálogos dos personagens, no design dos mesmos ou até no olhar vazio e desinteressado de Saitama sobre toda a trama, “One Punch Man” vem criando uma pequena legião de fãs que encontram nele um Shonen metalinguístico e debochado. “One Punch Man” é uma clara sátira aos clássicos desenhos de super-heróis, fazendo diversas referências a elementos de inúmeras outras franquias, tais como “Dragon Ball”, “Sailor Moon”, “Anpanman” e até uma singela referência ao mais famoso super-herói mexicano, “Chapolin Colorado”.
A versão brasileira do anime ainda apresenta um trabalho de dublagem de excelência, contando com nomes já conhecidos e consagrados, como Yuri Chesman (“Gohan-DBZ”), Carlos Campanile (“Superman”; “Superman Animated Series” e “Freeza-DBZ”) e Flora Paulita (“Ariana Grande”; “Victorious” e “Sam & Cat”), que apresentam o melhor trabalho de dublagem em animes visto nos últimos anos no Brasil.
Não é atoa que “One Punch Man” é o mais novo anime queridinho de público, tendo recebido ótimas críticas não só por quem participa deste universo otaku mas até para espectadores casuais, que buscam apenas uma resposta para a pergunta da geração: “O que vou ver hoje na Netflix?”.
A primeira temporada do anime conta com 12 episódios de aproximadamente 20 minutos, não possuindo nenhum arco longo, e com a convicção de que a sequência seguirá a qualidade desta primeira temporada. A segunda temporada de “One Punch Man” já foi confirmada e esta sendo produzida, mas sem data prevista para a estréia.
Por Yuri de Melo
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