A season finale de Alice in Borderland deixou algumas dúvidas pairando no ar na cabeça de alguns fãs. Pensando nisso, resolvemos organizar algumas pistas que podem ter passado despercebidas (e até curiosidades) nesse artigo que, obviamente, contém spoilers explicando o final da série.
Foi tudo um delírio?
Vamos recapitular: Alice in Borderland narra a história de um grupo de milhares de pessoas que foram parar nesse lugar misterioso, ou país, como dito na série, e todos lutam pela sobrevivência em jogos mortais criados por uma entidade ou grupo superior. A razão pela qual foram parar isso ou quais a(s) mente(s) por trás dessa matança só ficam claras na segunda temporada, lançada agora.
O título da série, no original, dá uma pista sobre isto: Alice in Borderland em japonês é “Imawa no Kuni no Arisu”, ou “Arisu no país ‘da beira da morte'”, de modo que Imawa (今際) é uma expressão idiomática que representa os últimos momentos da vida de alguém.
Assim, sem saber do fim da trama, poderia se pensar que o motivo por detrás do nome seria que a todo momento as pessoas morrem (principalmente assassinadas), porém, o real motivo está no fato que todos ali estão, do outro lado, lutando por suas vidas — toda essa “alucinação” durou um minuto de parada cardíaca. Hikari teve sua perna amputada, Aguni está com o corpo todo enfaixado; seus ferimentos do outro lado refletem a vida real e vice-versa.
Ao que a falta de memória desse outro mundo para alguns tenha soado como um delírio do protagonista, alguns resquícios deixam claro que não. No original/mangá, a relação fica mais clara: os sobreviventes relatam como estão muito mais dispostos e felizes para recomeçar, Arisu inclusive pede ajuda ao irmão para entrar em uma universidade. Em ambas as mídias, porém, os sobreviventes (principalmente Arisu e Usagi) sentem forte conexão com os demais, muito além de empatia.
E o que é o curinga, afinal?
A última cena da série apresenta um baralho voando de uma mesa no hospital em que se recuperam feridos da tragédia do meteoro. As cartas voam até sobrar apenas uma na mesa, que é gradualmente focada até o último segundo; é o Joker, ou Curinga.
No mangá, a cena ocorre um capítulo antes do fim. Após finalizar o último jogo (aliás, muitos jogos foram deixados de lado na adaptação), Arisu vai de encontro com uma figura sombria, sem rosto, em uma mesa com uma carta curinga a sua frente. O seguinte diálogo se desenrola:
Curinga: Eu… pareço mais como um deus? Ou… pareço mais com um diabo?
Imawa no Kuni no Arisu, capítulo 63.
Arisu: Nenhum… você é só o intermediador, certo?
Fica claro que essa figura, responsável por manter aquele país, é o barqueiro da vida e morte; após sua aparição, todos sobreviventes dos jogos retomam consciência um a um. Aqueles que, por outro lado, decidiram se tornar residentes do país, morrem “na vida real” e aguardam os próximos jogos, dessa vez como organizadores de jogos de cartas de face (valete, rainha, rei).
Leia Mais: Crítica - Alice em Borderland (2ª Temporada)
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Obrigado pela explicação. Assistindo só a série esse final deixa a entender que ainda falta jogar o jogo do Curinga.
Hey, Dayanne, obrigado pelo carinho!
Fiquei esperando alguma cena extra também, haha, especialmente porque eles deram todo um destaque a mais para a Hikari agora no final.
Abraço!