Gaiola das Princesas é uma peça teatral e musical escrita por Ronaldo Spedaletti, dirigida e atuada por Hermes Carpes, que aborda um tema atemporal nesses tempos difíceis de retrocesso civilizatório, aumento de preconceitos e evoca o nome de um filme bem famoso que deixaremos para os leitores do site pesquisar e descobrir.
Pois o espetáculo trata à princípio Marcos, um pai desesperado que vem à cidade grande para acompanhar sua filha pequena que está internada e lutando em um hospital contra a leucemia, que num encontro fortuito com uma drag queen, revela seu despreparo e preconceito por um simples esbarrão e posteriormente, percebe que está em uma região famosa pelos shows da boate comanda com mãos de ferro, mas muito humor por Úrsula, uma dragqueen que cuida de uma turma bem animada que nas apresentações, utilizam os nomes e figurinos de princesas Disney.
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E assim começa toda jornada do espetáculo, pois sentado na sarjeta, outra drag queen que ele vê passar acompanhado por uma amiga e que ele também ataca com preconceito, é o(a) irmã(o) que Marcos expulso de casa, quando ele percebeu os trejeitos que não compreendia e manifestou toda sua homofobia.
Na empatia por sua sobrinha e aproveitando todo o reconhecimento e sucesso da peça, essa irmã consegue convencer a mandona Úrsula, a ressentida Crystal e toda a turma da boate a ensaiar um novo show para arrecadar fundos para família e aumentar a conscientização acerca da necessidade de doadores para transplante de medula, na tentativa de correr contra o tempo e localizar alguém compatível para levar ao hospital onde a menina se encontra.
É na emoção da rotina em que pessoas estão reunidas por um objetivo comum, que reside todo o cerne da peça e claro, toda diversão, pois além das caracterizações hilárias, mesmo que caricatas, há um show de empatia, sensibilidade e algumas pequenas lições de moral sobre homofobia, informações sobre leis, os direitos de todos que tem o direito de existir, seja qual for ou como queiram exibir sua sexualidade, como demonstrá-la em um show ou no dia a dia.
Os ensaios são marcados por muito humor, confusão e tudo que faz parte de uma nova rotina por conta da emergência de uma situação que tem tempo para ser resolvida, e eis que em meio ao caos, surge o show que dá nome à peça.
E que show!
Com figurinos criativos e deslumbrantes, passando por referências a diversas princesas que não listaremos para não haver spoilers, cada uma tem sua coreografia bombástica!
E claro, como não poderia deixar de ser com uma trilha sonora “matadora” de músicas atuais, clássicos e até Calypso, a diversão é garantida, a emoção ao final também e mesmo que tenha uma pontinha de clichê, é compensada pelo empenho hercúleo do elenco em um palco que traz uma cenografia tímida mas funcional, a verdade que vem do humor e dos cacos que fazem parte, mesmo que a peça esteja em cartaz há no mínimo três anos e tenha ganho diversos prêmios durante sua caminhada.
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Um verdadeiro triunfo, considerando os temas abordados, a solidarieade sobre o preconceito e a forma como o espetáculo é todo montado baseado em valores muito raros hoje em dia e por isso, contados como se fosse uma verdadeira fábula, pois além de tudo traz uma lição de vida e da arte como cura.
Aproveitem para comparecer e prestigiar, pois só terão mais duas apresentações nos dias 19 e 26 de julho no Teatro West Plaza de acordo com o diretor e Úrsula, Hermes Carpes.
Onde: Teatro West Plaza, Salas Laura Cardoso e Nicete Bruno.
Dentro do Shopping West Plaza: Av. Antártica, 408 – Terceiro Piso – Água Branca, São Paulo – SP, Praça de Alimentação, Shopping West Plaza – Bloco B
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