Suspensão de Jimmy Kimmel reflete alinhamento da TV americana à agenda conservadora

O programa Jimmy Kimmel Live! foi suspenso pela rede americana ABC, de propriedade da Disney, na última quarta-feira, 17. O motivo foi o comentário do apresentador sobre assassinato do ativista conservador Charlie Kirk, na última segunda-feira, 15. O talk show noturno no ar há mais de 20 anos, é um dos mais assistidos da televisão americana. Após o surpreendente comunicado, a comunidade artística reagiu à medida, acusando o canal de censura e de ter cedido a uma possível ordem do presidente Donald Trump. Saiba quem saiu em apoio à Jimmy Kimmel:

Stephen Colbert, apresentador do também prestigiado The Late Show, defendeu o colega ao dizer que “esta noite, todos nós somos Jimmy Kimmel” e responsabilizou diretamente a emissora pelo que chamou de flagrante ataque à liberdade de expressão, ao dizer “se a ABC acredita que, com isso, irá satisfazer o regime, eles são terrivelmente ingênuos.” Vale relembrar que o programa de Colbert foi cancelado há algumas semanas e sairá do ar em 2026, em circunstâncias semelhantes à de Kimmel. Além de Colbert, os apresentadores Jon Stewart, Seth Meyers, Jay Leno e Jimmy Fallon também se posicionaram sobre a suspensão.

Fallon abordou o acontecimento de forma direta e criativa na abertura de seu programa, com uma manipulação de sua fala para censurar as críticas que faria com uma dublagem falando bem de Donald Trump em trechos que claramente falava mal. Ele afirmou “[eu] conheço Jimmy Kimmel e ele é um cara decente, engraçado e carinhoso, e espero que ele volte.”

Além dos apresentadores, atrizes e atores como Jean Smart, Wanda Sykes, Kathy Griffin, Ben Stiller e o músico John Legend já se manifestaram em defesa de Jimmy Kimmel.

_{Imagem Destacada: Divulgação/ABC}