Os bonecos empilhados, de braços quebrados. Amarrados e heroicos.
As bonecas enfileiradas, fazendo companhia nos momentos mais tensos dos desenhos.
O filme legendado, pela primeira vez assistido, com um sorriso.
Os estudos meio de qualquer jeito, sentindo o balançar da rede, o vento de verão no rosto.
Os livros. Bons livros de histórias leves e curtas, como a vida até então.
As tardes livres, de barriga para o ar, no sofá, vendo na tevê nem lembro bem o quê.
Brincadeiras inofensivas que começavam cedo e terminavam tarde. Longos dias de amizade e tempo bom.
Aquele resquício de preocupação com o futuro. Quase nulo, sempre postergado.
A ansiedade por envelhecer. E, agora, a vontade de voltar no tempo. Só por um dia.
Por Clara Savelli
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