Proposta até boa, mas o resultado…
No dia 31 de março, uma nova animação chegou aos cinemas nacionais. “Norm e Os Invencíveis” marca a estreia do diretor Trevor Wall, com a produção da grande Lionsgate e é dublado no Brasil por Tom Cavalcante, como o (Norm), e Mabel Cezar que já deu uma entrevista em nossa coluna, Papo Furado.
O longa apresenta a história de Norm, um urso polar ártico, que não se dá bem com a vida selvagem e tem o estranho dom de falar com humanos. Quando o Mr. Greene descobre o potencial imobiliário da região e quer a todo custo construir uma metrópole no gelo, Norm e seus amigos lêmingues, conhecidos como “Os Invencíveis”, por não se destruírem com facilidade, dão um jeito de ir à Nova York para impedir que as construções sejam realizadas e que o ecossistema do Ártico, lar de muitos animais, não seja alterado.
Até aí, o roteiro de Derek Elliott não apresenta nada demais. E no decorrer do filme continua não apresentando e, infelizmente, não consegue ser salvo nem com a direção de Wall. O longa parece um emaranhado de outras tramas infantis recortadas e modificadas para o pretexto “ártico”. Além disso, existe uma série de personagens que são apresentados ao longo do filme e se perdem como “uma aparição instantânea”, sem pé nem cabeça. O problema é que isso não ocorre só uma vez, acabou virando um vício para que o filme se movimente deixando “n” fios soltos para o desânimo do espectador.
Um grande problema de várias produções em filmes de animação é pensar que ele foi feito para um público estritamente infantil e com isso não precisa se preocupar com eixos dramáticos e conduções interessantes em seus diálogos. São apresentadas situações de dificuldade que facilmente são resolvidas, mas sua resolução não é das mais críveis, mesmo sendo uma animação. Sem contar os sentimentos instantâneos que perdem ótimas deixas para seus desenvolvimentos.
Existem tentativas fofas e outras mais fofas ainda para segurar a atenção do espectador, mas “Norm e Os Invencíveis” tornou-se mais uma animação para o mercado, sem nada de representativo a nos marcar. Algo que nem sua trilha com músicas pop conseguiu fazer. O filme tem um ótimo trailer, que você confere abaixo, mas seu resultado, quase plagiado de outras obras do gênero, não é tão bom como era esperado, infelizmente.
Paulo Olivera é mineiro, Gypsy Lifestyle e nômade intelectual. Apaixonado pelas artes, Bombril na vida profissional e viciado em prazeres carnais e intelectuais inadequados para menores e/ou sem ensino médio completo.
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