Michael Bay é constantemente massacrado pela crítica especializada por causa dos seus filmes com roteiros vazios, personagens rasos e diálogos e situações vergonhosas. Ele é “acusado” de fazer cinema apenas pelos bilhões que as suas produções geram, mas, o fato é que ele faz os filmes que o povo gosta, e por isso são extremamente populares e lucrativos. O primeiro sucesso de bilheteria do cineasta veio com “Bad Boys” de 1995, que foi seguido por “Armageddon”, “Bad Boys 2” até a franquia “Transformers”.
A Woo! Magazine participou da coletiva de imprensa para a divulgação do novo “Transformers: O Último Cavaleiro” que aconteceu em um hotel de luxo na cidade de São Paulo. Bay, que veio acompanhado da charmosa atriz Isabela Moner, parece ter vindo armado para as eventuais perguntas depreciativas dos jornalistas, apesar de suas constantes piadas durante as perguntas. Sempre com uma expressão de sarcasmo, respondeu a todos de forma automática, deixando o carisma para a jovem atriz. Claro que a aparente falta de organização, que atrasou a sessão de fotos e a entrevista em mais de uma hora, atrapalhou um pouco o humor do diretor e de quem o estava esperando. A situação era tão desagradável que, quando lhe perguntaram se ele retirou do filme o tradicional discurso do presidente do EUA – presente nos outros da franquia – por causa do atual cenário com Donald Trump, ele se limitou a responder com um sorriso irônico: “You’re a funny guy”. Mesmo durante a sessão de fotos, parecia que Bay estava um pouco entediado, dando até algumas bufadas enquanto os fotógrafos pediam que fizesse pose. Apenas algumas brincadeiras com Isabela Moner deixaram o clima mais leve. Como quando foi perguntado a atriz sobre como era contracenar sem uma referência física, apenas com a imaginação. Ela respondeu que teve muita ajuda de Bay em relação a isso, pois não possuía muita experiência nesse sentido. O diretor completou que ela é muito jovem e que realmente precisava de ajuda, e até disse que ela atualmente passa por um período de desemprego. Ela respondeu com humor: “Não estou desempregada, já que ainda estou no colégio”.
Apenas uma única pergunta parece ter agradado o cineasta, quando indagado sobre significado de todo esses anos à frente da franquia e o sentimento de deixá-la depois de “O Último Cavaleiro”. Foi aqui que Bay mais falou e gesticulou, dizendo que durante todos os filmes ele tentou fazer com que os personagens avançassem em suas jornadas e que deixa “Transformers” em um ponto alto em seu desenvolvimento, cabendo ao próximo diretor continuar o trabalho. O último momento de nervosismo antes do final da curta coletiva foi sobre o sentimento de ele ter uma série de filmes que geralmente são execrados pela crítica. Bay respondeu com veemência que fazia filmes para o público e que esse o respondia bem: “Meus últimos filmes fizeram bilhões em bilheteria e é para o público que os faço, a imprensa pouco me importa”. O curioso é que apenas pelo fato dele ter se deslocado das suas luxuosas acomodações nos EUA para vir ao Brasil fazer a promoção do filme já nega a afirmação de desdém aos humildes escribas de cinema.
Michael Bay não é tão ruim como alguns insistem em afirmar. Ele possui um enorme apuro técnico e é um dos principais desenvolvedores de tecnologia da sétima arte. Em seus filmes sempre tenta inovar na técnica e também na criação de aparatos para melhorar o ato de fazer cinema. Os sucessos de sua carreira não são por acaso, já que não nega a sua veia pop que está impressa até o ultimo pixel filmado. É preciso que seus filmes sejam vistos de forma menos ortodoxa para que assim sejam mais bem apreciados.
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