O ano está acabando, e como de costume, fazemos um balanço de tudo o que aconteceu. Analisamos se o saldo foi positivo, se cumprimos nossas promessas, traçamos novos ou antigos sonhos e começamos a planejar metas para o novo ano que está chegando.
Se formos analisar, o ano de 2016 foi o melhor para o Coldplay. Chegamos a conclusão que foi o mais incrível que a banda já viveu, em toda sua carreira. Tudo começou ainda no finalzinho de 2015, quando eles lançaram ‘A Head Full Of Dreams‘, sétimo álbum de estúdio da banda. A partir desse momento se inicia uma sequência de acontecimentos que ao serem somados, resultam em um ano fantástico.
Paradoxalmente, esse não pode ser considerado o melhor disco deles, se bem que isso é algo relativo, entretanto ao compararmos com trabalhos anteriores, aclamados pelo público e pela crítica, ‘A Head Full Of Dreams‘, ficou abaixo das expectativas. Mas então, o que tornou esse ano tão especial para o quarteto britânico? A resposta não é simples, uma série de favores foram determinantes, para que eles chegassem a esse ponto.
Acredito que o Coldplay cultivou tudo o que está colhendo nesse momento. Se imaginarmos a carreira do grupo como uma pirâmide, na base dela encontram-se os 3 primeiros discos. Formando um alicerce firme, sólido, consistente.
Na parte intermediária, temos o aclamado ‘Viva la Vida‘ e o polêmico ‘Mylo Xyloto‘. Aqui acontece um período de transição, aquele rock indie é substituído por um som mais pop, principalmente no quinto CD, mas nem por isso de baixa qualidade. As pessoas tendem a achar que um trabalho pop é ruim, e isso não é necessariamente uma verdade. ‘Mylo Xyloto‘ nos prova isso. Um disco altamente heterogêneo. O topo da pirâmide, talvez o lugar mais frágil, é formado pelo melancólico ‘Ghost Stories‘, fruto da separação do Chris Martin, e pelo mais recente trabalho.
Essa diversidade de estilos, que alguns enxergam como algo ruim, é na verdade um dos segredos de todo esse sucesso que eles alcançaram. Nenhuma grande banda, passou toda a sua carreira, produzindo discos limitados a um único conceito musical, isso é fato. Essa pluralidade de estilos e sons, faz com que o Coldplay alcance degraus mais altos, é algo fantástico. No futuro, poderemos olhar pra trás e enxergar isso com muito mais clareza.
Outro ponto é o show. Quem vai a um show deles, vive uma experiência indescritível. O Coldplay é simplesmente sensacional no palco. Suas apresentações são marcantes, interativas, emocionantes. Sabe aquela lista de coisas pra se fazer antes de morrer? Ir a um show desses caras, é uma delas. Os mais de 5 milhões de ingressos vendidos na atual turnê, comprovam isso. Sem falar que os caras são super gente boa. Carinhosos com os fãs, generosos com outros artistas, bem humorados, e estão envolvidos em diversos projetos filantrópicos.
Mas o que realmente faz toda essa engrenagem funcionar, o que move tudo isso, é o deles fazerem o que se gostam. É óbvio que existe muito talento e trabalho por trás de todo sucesso, mas não seria a mesma coisa se eles não amassem fazer música. Não o amor banal, piegas, vazio. Mas um amor real, que demanda tempo, esforço, sacrifícios, e acima de tudo, felicidade.
Quando eles estão no palco, conseguem transmitir isso aos seus milhares de fãs, que lotaram as dezenas de estádio por onde a turnê passou. O que já lhes rendeu mais de 241 milhões de dólares. A América Latina foi o pontapé inicial dessa jornada, que já passou pela Europa, América do Norte, Oceania, chegando até a Índia, e continuará em 2017 na Ásia, retornará à Europa e EUA.
Na apresentação do Super Bowl 50, eles mostraram o quanto são generosos, dividindo o palco com Beyoncé e Bruno Mars. Se tornaram a primeira banda a tocar quatro vezes no palco principal do Glastonbury Festival.
https://www.youtube.com/watch?v=c9cUytejf1k
Levaram mais de 300.000 pessoas ao lendário Wembley Stadium, em 4 noites de apresentação. E se tornaram o artista mais ouvido da história, no Spotify, ultrapassando a marca de 5 bilhões de streaming. Números que ratificam o maior momento da carreira do Coldplay. Eles estão felizes, fazem questão de dizer isso, os fãs estão felizes, a música está feliz.
O ANO DO COLDPLAY EM 7 TÓPICOS
- O Coldplay recebeu o prêmio “Godlike Genius” no NME Awards 2016. A revista britânica entrega anualmente o prêmio, como um reconhecimento pela carreira de sucesso do artista. A banda se juntou a nomes como: Noel Gallagher, The Cure, The Clash, Ozzy Osbourne e U2.
- Foi a atração principal do mega evento Super Bowl. E teve a generosidade, que lhe é peculiar, de dividir o palco com Beyoncé e Bruno Mars, tornando essa 50° edição mais memorável.
- O Coldplay também fez história ao ser eleito pela quarta vez, como “Melhor Banda“, no Brit Awards 2016. Com isso, se tornou o grupo mais vencedor da premiação, com nove prêmios no total.
- 1999! 2000! 2002! 2005! 2011! 2016! Seis apresentações no Glastonbury não é pra qualquer um. A banda entrou pra história ao subir pela quarta vez no “Pyramid Stage”. Sendo eleito o melhor show festival, de acordo com o público e a crítica especializada.
- “Artist of the Year“, pela BBC Music Awards 2016!
- “Artist of the Year 2016“, pela Revista Music Week.
- 5 Bilhões de streams! O Coldplay se tornou a banda mais ouvida da história no Spotify.
Ah, e quem não se lembra do papo descontraído divertidíssimo que o Chris Martin teve com o James Corden?
COLDPLAY NO BRASIL
Em abril deste ano, os britânicos chegaram ao país para 2 shows. No dia 07, eles se apresentaram no Allianz Parque, em São Paulo. Todos os ingressos foram vendidos. 45 mil pessoas se emocionaram com uma apresentação que ficará registrada para sempre na memória de todos os que tiveram a oportunidade de participar do espetáculo.
https://www.instagram.com/p/BD9g_-UQXgV/?tagged=coldplaysaopaulo
Os britânicos chegaram ao Rio de Janeiro para a última apresentação. O local foi o lendário Maracanã. 66 mil pessoas lotaram todos os setores do estádio. Foi uma festa para ninguém colocar defeito. Vários sucessos, um público afiado e a sensação de um sonho realizado para todos os fãs.
“MARACANÃ! A DREAM COME TRUE. WC” -publicou Will Champion, baterista da banda, no Instagram oficial dos rapazes.
Um dos momentos mais incríveis do show, foi quando Chris Martin, em um trecho de Adventure Of A Lifetime, pediu para que todos os fãs se abaixassem. E o melhor, em português!
https://www.instagram.com/p/BJL8Iy7DvrF/
A homenagem do vocalista ao país, com a bandeira pendurada durante todo o show. ‘Hymn For The Weekend’, sucesso mór do álbum, foi sensacional ao vivo! Confesso que ver o Chris Martin passando bem na minha frente foi surreal! Tudo parecia um sonho.
https://www.instagram.com/p/BGfk4D0q5bx/?taken-by=matheusilvalima
A abertura do show levou o público ao delírio! A introdução da música, que da nome ao álbum, ‘A Head Full Of Dreams’, foi o discurso mais lindo de Charlie Chaplin, o do filme ‘O Grande Ditador’. O momento em que as xylobands (pulseiras coloridas) foram acessas, arrepiou todos os presentes! Era o começo de uma noite inesquecível. E no final da canção, uma explosão de papel picado. Um arco-íris na passarela em que Chris Martin saltitava.
https://www.instagram.com/p/BEHNLDBK5ex/?taken-by=matheusilvalima
Tê-los em plena atividade, produzindo lindas canções, realizando verdadeiros espetáculos, é extraordinário. Que esse seja o primeiro, de muitos outros melhores anos da carreira de vocês.
Parabéns, Coldplay!
Por Matheus Lima
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Excelente percepção, de que a banda não poderia fazer o mesmo som pra sempre.
Eu mesmo, que acompanho há anos, acho os primeiros álbuns superiores, mas não conseguiria continuar gostando do Coldplay se a banda ficasse apenas naquele som.
Os shows ao vivo estão cada vez melhores, seria ótimo se eles viessem pro Rock In Rio novamente.
É isso aí Cesar! Se continuassem no mesmo som, talvez, não estariam com tantos fãs até hoje. Visto que, eles conseguiram conquistar vários novos após o show no Rock in Rio 2011, e já estavam com uma pegada bem diferente do início, já estavam na pegada mais dançante, com o Mylo Xyloto.