Longa “Quase Deserto” tem estreia prevista para 2026
Na última quarta-feira (08), o longa “Quase Deserto”, de José Eduardo Belmonte, teve sua estreia no Festival do Rio. A sessão contou com a presença do diretor, da fotógrafa Leslie Montero, dos produtores Rodrigo Sarti Werthein e Aaron Craig, e de parte do elenco formado por Angela Sarafyan, Vinícius de Oliveira, Daniel Hendler e Thaís Gulín.
Gravado em Detroit (EUA) ao longo de dois meses, o filme foi rodado em três idiomas (inglês, português e espanhol) e é definido pelo diretor como um “noir distorcido sobre deslocamento, ironia e o desejo de pertencimento em meio ao colapso”. A produção é da ACERE, em coprodução com a We Are Films (Nova Iorque), Filmes do Impossível e Paramount. O roteiro é assinado por Belmonte, Carlos Marcelo e Pablo Stoll.
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Ambientado em uma Detroit pós-pandêmica, “Quase Deserto” acompanha dois imigrantes latinos indocumentados que se veem envolvidos em um assassinato e, por acaso, acabam salvando a única testemunha do crime: uma mulher com uma síndrome rara que lhe dá olhos infantis, dificuldades de socialização e uma percepção além do comum; ela enxerga o que ninguém mais vê.
A partir daí, o trio improvável embarca em uma jornada marcada por redenção, traição e ironia, em meio aos escombros de uma cidade que tenta se reconstruir, mas ainda esconde segredos sujos sob sua nova fachada.
Durante a estreia, o diretor José Eduardo Belmonte comentou com a Woo! Magazine sobre os desafios de rodar um longa em território estrangeiro com uma equipe multicultural.
“É um roteiro muito complexo, o tom dele é muito interessante, mistura várias tendências. A logística também foi uma loucura, filmar em terra estrangeira, com uma equipe transnacional. Às vezes dava um bug, porque eu falava uma língua e eles respondiam em outra, mas no fim a gente começou a se entender. Foi uma experiência intensa e divertida, que mistura gêneros e fala sobre temas muito pertinentes”, contou o cineasta.
Para o ator uruguaio Daniel Hendler, o filme carrega um olhar muito próprio sobre o mundo atual:
“Penso que o maior desafio foi encontrar o ponto de vista do filme, esse olhar tão particular que Belmonte criou sobre Detroit, um lugar fora do tempo, onde as pessoas estão perdidas, mas tentando se encontrar. É um mundo distópico, mas cheio de humanidade. Mistura ação e esperança. Acho que o público vai viver uma experiência muito particular.”
Já a atriz Thaís Gulín destacou o caráter humano e cômico da narrativa:
“É um filme sobre imigrantes, e o momento de lançamento é muito interessante. É um filme de ação, mas com humor, que mostra a dureza da vida de quem está fora do seu lugar. A convivência entre diferentes línguas e culturas foi divertida, nos ensaios a gente se virava entre português e inglês. Foi um ambiente divertido”, brincou.
Imagem Destacada: Divulgação/Quase Deserto (via Instagram)
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