John Deacon reaparece após 30 anos e emociona fãs do Queen com gesto raro
Após mais de três décadas longe dos holofotes, John Deacon, o reservado baixista do Queen, voltou a chamar atenção dos fãs da lendária banda britânica. Aos 73 anos, Deacon surpreendeu ao assinar uma cópia do icônico álbum “A Night at the Opera” ao lado dos colegas Brian May e Roger Taylor — um gesto simbólico que reacendeu a conexão entre os três membros originais. O item será leiloado durante o tradicional Freddie Mercury Birthday Party, em Montreux, evento beneficente que arrecada fundos para a Mercury Phoenix Trust, fundação criada em nome do eterno vocalista da banda.
Embora discreto, o ato ganhou enorme significado. Foi a primeira vez desde 1997 que Deacon participou publicamente de algo relacionado ao Queen. Sua última aparição com a banda havia sido em uma performance ao lado de Elton John em Paris, durante a abertura do Béjart Ballet. Na época, o músico já dava sinais de que não voltaria aos palcos, visivelmente abalado pela morte de Freddie Mercury, em 1991. Segundo os colegas, Deacon se sentia desconfortável com o ambiente pós-Freddie e decidiu se afastar definitivamente da vida artística.
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Desde então, sua ausência foi tão definitiva quanto respeitada. Brian May e Roger Taylor seguiram com a missão de manter vivo o nome da banda, enquanto John preferiu o silêncio. Ele não gravou mais músicas, não se apresentou publicamente nem participou de lançamentos da banda. Para muitos fãs, sua saída foi um gesto de fidelidade à memória de Freddie, ao mesmo tempo que refletia sua natureza introspectiva e avessa à fama.
Desde então, John Deacon tem levado uma vida tranquila e anônima em Londres, ao lado da esposa e dos seis filhos. Mesmo fora dos holofotes, ele segue como sócio da Queen Productions Ltd, e participa de decisões administrativas importantes sobre os rumos da banda. Em entrevista à revista Mojo, Brian May confirmou que Deacon ainda dá o aval para os projetos: “Recebemos mensagens de que ele está feliz com o que estamos fazendo, mas não quer o estresse de se envolver criativamente — e respeitamos isso”.
Longe das turnês mundiais que Brian e Roger seguem fazendo com Adam Lambert, Deacon optou por uma aposentadoria pacata. Não compareceu sequer à première de Bohemian Rhapsody, cinebiografia da banda que teve enorme sucesso de bilheteria, além de ser vencedora do Oscar, em que foi interpretado por Joe Mazzello. Segundo relatos, seu filho Luke ajudou o ator a captar os trejeitos do pai.
Em algumas raras ocasiões, no entanto, John aparece brevemente no radar dos fãs. Em 2023, por exemplo, um admirador lhe entregou pessoalmente uma pintura em sua casa. A atitude dividiu opiniões: enquanto alguns elogiaram a coragem e relataram uma recepção simpática, outros criticaram o que consideraram uma invasão de privacidade. Esse tipo de episódio mostra como Deacon ainda desperta intensa curiosidade, mesmo sem buscar os holofotes.
Visto raramente em público — geralmente com roupas simples e um cigarro na mão — John Deacon tornou-se uma figura quase mítica entre os fãs do Queen. Alguns ainda se aventuram a visitar sua residência, embora essa prática gere debates entre os admiradores sobre respeito à sua privacidade.
O recente gesto de assinar um disco pode não representar um retorno artístico, mas serviu como um aceno tocante a sua história com o Queen. Para muitos fãs, é um sinal de que Deacon, mesmo à distância, segue em sintonia com o legado que ajudou a construir — e talvez esteja, aos poucos, fazendo as pazes com ele.
Imagem Destacada: Divulgação/Queen (via site oficial)
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