O astro de ação segue os passos do veterano, ao protagonizar “Resgate Implacável”, filme com pancadaria e desejo de vingança
É sabido que o astro de ação Jason Statham é bem irregular em suas escolhas de filmes para protagonizar, pois para cada “Infiltrado” e “Esquema de Risco: Operação Fortune” realizado pelo seu parceiro de longa data, o diretor inglês Guy Ritchie (de “Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes” e “Snatch – Porcos e Diamantes”) que mesmo no esquema dos filmes de pancadaria traz alguma gravidade dramática ou um toque de espionagem com diversão, o ator lança nos cinemas exemplares como “Beekeeper: Rede de Vingança” e o mais novo “Resgate Implacável”, ambos coincidentemente também de um mesmo diretor, o americano David Ayer, porém com talento inversamente proporcional ao do inglês.
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Ayer, que começou de forma promissora escrevendo filmes como “Dia de Treinamento” — que proporcionou a oportunidade de Denzel Whashington ganhar seu segundo Oscar — apresentou o competente “Corações de Ferro”, de 2014 e teve somente um vislumbre de grande bilheteria com o primeiro, e irregular para escrever o mínimo, Esquadrão Suicida no longínquo ano de 2016, nunca mais se recuperou e tem entregado filmes cada vez mais no limite do medíocre, como esse Resgate Implacável, cujo nome foi espertamente associado pela tradução brasileira à finada (por enquanto) cinessérie “Busca Implacável” que, de surpresa, transformou o renomado ator Liam Neeson em um improvável ator de ação cujos frutos ele tem colhido até hoje, embora tenha dito que irá se aposentar.

Isso serve para ilustrar o quanto é medíocre a atual fase do diretor e roteirista e o novo caça-níquel-para-futuro-streaming de Jason Statham, pois assim como a parceria anterior dos dois, o citado Beekeeper, trata-se da mesmíssima trama, incrivelmente só mudando a vítima e a cidade de atuação pois, vejamos…
Se no primeiro temos a vingança de um ex-militar casca grossa, aposentado e escondendo suas habilidades mortais no sítio de uma senhora que lhe deu uma segunda chance de humanidade e que a vinga de forma “implacável” (desculpem, não resisti), agora o mesmo tipo de personagem, somente com um nome diferente mas com as mesmíssimas motivações, tem que resgatar a filha de uma família que o acolheu, sequestrada por dois criminosos pés-de-chinelo, para um ricaço chegado em tráfico humano, roteiro esse “cortesia” de Sylvester Stallone.
Claro que Jason, ou qualquer que seja seu nome no filme, infligirá a vingança divina, regada à sangue e, em alguns momentos, com requintes de crueldade a todos os meliantes que tiveram a infeliz ideia de sequestrar a filha de quem lhe deu abrigo.
E dá-lhe membros quebrados, corpos perfurados por balas de todos os tipos de calibre e alguns diálogos ruins de ouvir até para quem, como eu, adora esse tipo de filme e embora tenha também situações estapafúrdias, diverte pelo carisma dos coadjuvantes, Michael Penã (“Homem Formiga”) que nos mostra alguma emoção pela situação desesperadora da família e David Harbour (“Thundebolts*”, 2025) como um ex-companheiro cego.
Porém o que falta é realmente um apuro no visual, nas coreografias de luta que sabemos que o ator é capaz, e até de alguns efeitos melhores.
Não que haja necessidade dos efeitos especiais e de um roteiro como da série “John Wick”, mas poderiam pelo menos diferenciar um pouco o personagem ou o background dele, porque ambos são ex-agentes… Então porque não apresentar um “Beekeeper 2”?
Seria mais honesto, pois os dois filmes têm a mesma premissa e foram feitos praticamente pela mesma equipe, mas parece que preferiram realmente a mediocridade.
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Da forma que está, Jason continua ganhando seus milhões, mas geralmente em obras que não dá vontade de revisitar, a não ser quando faz algo diferenciado como os filmes de Guy Ritchie, que é quem mais soube desde o começo da carreira dele utilizar o carisma de brucutu-de-cara-fechada.
Ainda dá tempo, mas ele precisa querer.
Resgate Implacável já está disponível no streaming da Prime Video.
Imagem Destacada: Divulgação/Prime Video

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