Astro canadense fechou a noite mais concorrida do festival
Até as vésperas do Rock In Rio 2022 pairava no ar a dúvida se Justin Bieber viria para o festival. O astro canadense da música pop cancelou diversas datas da Justice Tour (incluindo a que ele realizaria em São Paulo, o que só aumentou a procura desesperada por ingressos de desistência para a noite de ontem no festival) e sua vinda não era confirmada, o que deixou os beliebers (apelido dos fãs de Justin) apreensivos.
Sim! Ele veio! Esteve entre nós como o headliner da noite mais pop e mais concorrida dessa edição do RIR. Claro que a multa rescisória nada modesta imposta nas cláusulas do festival forçou o fenômeno teen a voltar atrás na decisão de não vir mais ao festival (desculpe você, fã do cantor, que acreditava que ele tivesse vindo porque te ama).
O que acontece é que Justin se encontra no momento em um momento muito difícil, pois, além dos problemas com sua saúde mental, que a fama agravou, ainda foi diagnosticado com a síndrome Ramsay Hunt, também conhecida como herpes zoster oticus ou herpes zoster do gânglio geniculado, que tem como principais características a paralisia da musculatura do rosto e uma forte dor no ouvido.
Apesar dos problemas, o garotinho que estourou com a romântica pueril “Baby”, transformado em um homem de 28 anos, não precisou muito para fazer a alegria de seu vast eleitorado que lotou a Cidade do Rock – ou seria, no caso de ontem, a Cidade do Pop?
O show segue o roteiro dessa turnê de divulgação de “Justice”, disco lançado em 2021, que dominou o setlist. Das 22 músicas apresentadas, 10 eram desse trabalho mais recente. Logo no início (pontualmente às 23 horas) foi disparada uma sequência de faixas novas. A música que iniciou a apresentação (após a introdução com um vídeo motivacional no telão) foi “Somebody”, que contou com fogos de artifício, que apareceriam em vários outros momentos, seguida de “Hold On”, “Deserve You” e “Holy”.
Para cantar o cover de Jack Ü, “Where Are Ü Now”, o astro tirou o casaco adotando o visual escolhido para essa turnê: sem camisa, exibindo o físico definido, porém magro, coberto de tatuagens. E assim ficou por todo o show, apesar de a temperatura na Cidade do Rock ontem, fria até para um canadense.
As músicas de Justice foram muito bem recebidas, sobretudo os maiores singles do álbum, “Hold On”, “Holy”, “Ghost”, “Lonely” e “Peaches”, contudo os sucessos recentes mais consolidados, como “Yummy” e “Intensions”, do álbum Changes, de 2020, é que foram cantadas em uníssono pelo público. E, claro, as já clássicas “What Do You Mean” e “Sorry” foram os momentos de grande epifania, assim como aquele na qual tudo começou, “Baby”, reforçada por muita a pirotecnia. É curioso ouvi-la em uns tons mais baixos para se adequar à atual voz de adulto do rapaz.
O ato final foi introduzido por uma azeitada jam da competentíssima banda de Justin, seguindo para a já citada “Peaches”, que começou com uma introdução ao piano pelo astro, e o encerramento se deu com “Anyone” e show de fogos.
É inegável que, mesmo a contragosto, Justin Bieber fez um show que lavou a alma de seu séquito de fãs, jogando para a plateia, apesar de não sair muito do protocolo. Nem as (fortes) suspeitas de playback (auto-tune e bases pré-gravadas com toda certeza) parecem ter diminuído a experiência para o público.
Como o futuro próximo parece incerto na agenda de Justin (que deveria mesmo dar uma pausa por tempo indeterminado para cuidar da saúde física e mental), essa participação no Rock In Rio se torna ainda mais preciosa para a nação belieber.
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