A cerimônia do Screen Actors Guild Awards, do Sindicato de Atores de Cinema e TV, é vista geralmente como uma previsão para o Oscar. Esse ano, o SAG Awards realizado no domingo, 21, em Los Angeles, foi muito mais do que nomear as grandes apostas. A cerimônia mostrou que o movimento e o protesto vistos no Globo de Ouro 2018 vão continuar com toda a força. “Não é um momento, é um movimento”, enfatizou a presidente do sindicato, Gabrielle Carteris.
As mulheres e o poder feminino tomaram conta da premiação desse ano. A 24° edição contou com Kristen Bell como a primeira apresentadora de todos os tempos à comandar a noite e com apenas mulheres anunciando os vencedores. Entre piadas e discursos, Kristen falou sobre a Marcha das Mulheres, que ocorreu durante todo o fim de semana passado nos Estados Unidos. “Estamos vivendo um momento decisivo”, disse a apresentadora em seu monólogo de abertura. “Medo e raiva nunca ganham a corrida.”
Todos os discursos da noite mencionaram as denúncias de assédio sexual, o que originou o movimento de mídia social #MeToo e a campanha Time’s Up, para apoiar as vítimas. Nicole Kidman, ao subir ao palco para receber o prêmio de melhor atriz de série dramática, por “Big Little Lies”, disse: “Trabalho há 20 anos na Organização das Nações Unidas e sei que precisamos escutar as vozes de quem não tem voz.”
Esse tom foi mantido durante toda a premiação. Apenas a citação do nome de Meryl Streep fez a plateia aplaudir de pé, mesmo ela não estando presente. Além disso, Marina Tomei e Rosana Arquette, uma das primeiras atrizes de Hollywood a denunciar um caso de assédio agradeceram às mulheres que levantaram sua voz em 2017 e às que começaram o movimento #MeToo. “Nós podemos controlar o nosso próprio destino”, disse Arquette listando o nome de algumas atrizes que denunciaram casos de assédio, “Estou aqui apoiando várias mulheres”.
Por Marcela Riedel
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