Os Bastidores cheios de criatividade e curiosidade
O cinema, arte que encanta e comove há mais de um século, esconde segredos por trás da tela. Mergulhar nos bastidores das obras cinematográficas mais aclamadas é como desvendar um mapa do tesouro, revelando histórias inusitadas e o toque mágico da criatividade que deu vida a obras-primas. Portanto, fizemos uma lista com algumas das curiosidades dos bastidores de 5 dos maiores clássicos do cinema.
O Mágico de Oz (1939)
- Sapatos vermelhos: A cor original dos sapatos era prateada, mas a ideia de mudá-los para vermelho durante a produção foi do diretor Victor Fleming, inspirado por um par de sapatos vermelhos que viu em uma vitrine. A mudança foi crucial para o impacto visual da cena icônica em que Dorothy clica os calcanhares e retorna ao Kansas.
- Dorothy Gale: Judy Garland, a atriz que interpretou Dorothy, tinha apenas 16 anos durante as filmagens. Apesar da pouca idade, ela demonstrou grande talento e maturidade na atuação, contribuindo para a construção de uma personagem que comoveu gerações.
- Tornado: O tornado, um dos elementos mais impressionantes de filme um filme feito em 1939, foi criado usando uma combinação de técnicas inovadoras para a época: ventiladores gigantes para simular o vento forte, meias de seda para representar a textura das nuvens e pó de gesso para criar o efeito de poeira e destroços.
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Casablanca (1942)
- Final alternativo: O roteiro original do filme tinha um final diferente, com Rick Blaine e Ilsa Lund deixando Casablanca juntos para os Estados Unidos. No entanto, a decisão de mudar o final para um mais trágico e ambíguo foi tomada pelos roteiristas Paul Henreid e Howard Koch, que acreditavam que essa opção seria mais impactante e memorável.
- Humphrey Bogart: O ator Humphrey Bogart, inicialmente relutante em interpretar o papel de Rick Blaine, acabou aceitando após ser convencido pelo diretor Michael Curtiz. Bogart, conhecido por seu estilo durão e lacônico, deu vida a um personagem complexo e cheio de nuances, tornando-se um dos seus papéis mais icônicos.
- Censura: O filme foi censurado em alguns países, como a Alemanha nazista e a Itália fascista, por causa de sua mensagem anti-nazista e pró-resistência francesa. A censura demonstra o impacto político e social do filme, que serviu como um símbolo de esperança para aqueles que lutavam contra o regime nazista.
Cidadão Kane (1941)
- Rosebud: O significado da palavra “Rosebud”, a última palavra dita por Charles Foster Kane em seu leito de morte, é um mistério que permanece até hoje. Diversas teorias foram propostas ao longo dos anos, mas o verdadeiro significado nunca foi revelado, tornando-se um dos elementos mais intrigantes do filme.
- Inovações cinematográficas: O filme dirigido por Orson Welles utilizou diversas técnicas inovadoras para a época, como a câmera profunda, que permitia filmar longas cenas com grande profundidade de campo, e a montagem complexa, que criava um ritmo dinâmico e envolvente. Essas técnicas contribuíram para a criação de um estilo visual único, influenciando cineastas até hoje.
- Críticas: “Cidadão Kane” foi recebido com críticas mistas em sua época. Alguns críticos elogiaram sua inovação e genialidade, enquanto outros o consideraram confuso e pretensioso. Apesar das críticas, o filme se tornou um clássico atemporal, reconhecido como uma obra-prima da história do cinema.
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E o Vento Levou (1939)
- Filmagens longas: As filmagens do filme duraram mais de um ano, um período longo para os padrões da época. A longa duração das filmagens foi devido à complexidade da produção, que envolveu um grande número de figurantes, cenários elaborados e efeitos especiais inovadores.
- Vivien Leigh: A atriz Vivien Leigh, que interpretou Scarlett O’Hara, teve que usar espartilhos apertados durante as filmagens para manter a silhueta fina da personagem. O uso constante de espartilhos causou problemas de saúde em Vivien Leigh, demonstrando a dedicação e o esforço da atriz para dar vida à personagem icônica.
- Polêmica: O filme foi criticado por sua representação da escravidão e do racismo, considerada romantizada e distorcida, e apesar do sucesso comercial e dos 10 prêmios Oscar que conquistou, inclusive o de Melhor Filme, “E o Vento Levou” continua gerando discussões até hoje.
Cantando na Chuva (1952)
- Gene Kelly: O ator Gene Kelly, além de protagonizar o filme como Don Lockwood, também atuou como codiretor e coreógrafo. Durante as filmagens da cena icônica de “Singin’ in the Rain”, Kelly sofreu uma grave lesão no tornozelo. Apesar da dor, ele insistiu em continuar filmando a cena, que se tornou uma das mais memoráveis do cinema musical. Sua dedicação e profissionalismo contribuíram para o sucesso do filme.
- Efeitos especiais: O filme inovou no uso de efeitos especiais, como a tela dividida utilizada na cena “The Broadway Melody Ballet”. Além disso, a chuva artificial criada para as cenas musicais foi obtida por meio de um sistema complexo de tubos instalados acima do set, que bombeavam água misturada com sabão para dar um efeito mais realista.
- Nostalgia: Considerado um clássico da Era de Ouro de Hollywood, “Cantando na Chuva” evoca nostalgia por uma época marcada pelo glamour e otimismo do cinema musical. As canções marcantes, as coreografias alegres e a história leve contribuem para o clima nostálgico do filme, que continua a encantar espectadores de todas as gerações.
Essa lista de bastidores é concisa e contém alguns clássicos do cinema, se limitando à produções hollywoodianas. Em breve faremos uma nova lista de bastidores incluindo produções de outros países.
Imagem em destaque do filme “O Mágico de Oz”. Divulgação/Warner Bros. Entertainment
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