Em Sonic 3 a fórmula vai tomando conta dos filmes do ouriço mais rápido do mundo
Temos “Duna 2″, “Gladiador 2”, “Moana 2”, “Divertidamente 2”, “Venom 3”, “Deadpool & Wolverine”, “A Cor Púrpura” e “Meninas Malvadas: O Musical”, “Godzilla e Kong: O Novo Império”, “Mufasa” (da franquia O Rei Leão), “Furiosa” (da franquia Mad Max), “Twisters”, “Meu Malvado Favorito 4” (!), “Um Lugar Silencioso: Dia Um”, “Planeta dos Macacos”, “Alien: Romulus”, “O Corvo”, “Beetlejuice – Os Fantasmas Ainda Se Divertem”, “Coringa: Delírio à Dois”, “Garfield”, “Sorria 2”, temos também os brasileiros “Estômago 2”, “O Auto da Compadecida 2” e, claro, “Sonic 3”…
Ufa! Esses foram exemplos de algumas das continuações que estrearam esse ano e tem de tudo um pouco: épicos, filmes infantis, filme de monstro, super herói, super vilão, filmes de terror, comédias, franquias conhecidas e consagradas, musicais…
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E cada um desses filmes de categorias e temáticas tão diferentes tem algo em comum que foi constatado pelo público e pela crítica especializada: apenas UM, quase por unanimidade, foi considerado muito melhor que o original, que já era bom, ou no mínimo mais satisfatório que o anterior: Duna 2.
Pode-se claro, argumentar sobre os sucessos estrondosos de bilheterias como Divertidamente 2, Deadpool & Wolverine e Moana 2, mas fora Duna 2, nenhum melhorou, mostrou uma nova história, expandiu o universo/ambiente ou surpreendeu como continuação.
Somente o épico Duna 2 se destaca pelo alcance e esforço do seu realizador, Dennis Villeneuve, que agora pôde deixar toda a parte introdutória do primeiro filme lançado na pandemia e se aprofundar nos conceitos tão complexos da obra-prima literária de Frank Hebert.
O que nos leva diretamente à Sonic 3.
Após o primeiro filme ter trazido a polêmica sobre o primeiro visual do personagem criado em CGI (efeito digital), a que com uma certa razão chamavam de “Sonic Feio”, o problema foi muito satisfatoriamente resolvido e a aventura capitaneada pelo ouriço mais rápido do mundo se revelou uma agradável surpresa, cheia de referências pop por minuto e um elenco de humanos carismático como James Marsden e Jim Carrey para nos representar dentro do mundo fantástico criado dentro das plataformas de videogame.
Arrecadando mais a cada sequência, tanto é que o segundo arrecadou U$ 100 milhões de dólares a mais, era inevitável uma próxima aventura, considerando que no final de cada filme há uma cena pós crédito que já anuncia qual o próximo personagem da franquia aparecerá na sequência, o que causava expectativa nos fãs e demais cinéfilos.
Sonic 2 tinha uma história bem divertida em que apresentava um antagonista poderoso, tirava o herói da sua área de conforto e dava importância aos seus amigos humanos em uma trama divertida, num casamento que, pela confusão, tinha tudo para dar errado e, além disso, trouxe o fofinho Tails, para equilibrar toda a hiperatividade do ouriço.
E chegamos em Sonic 3, temos o ouriço que tanto gostamos, o fofinho Tails continua na ativa, o poderoso Nuckles agora como aliado e, opa, temos outro protagonista marrento e mais poderoso do que toda essa turminha, o raivoso e ressentido Shadow.
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Daí começam as similaridades com o segundo filme e além da repetição de trazer um antagonista que precisa superar seu trauma/programação para que tudo seja resolvido, tome frases de auto ajuda que, se nos filmes anteriores eram disfarçados pelas tiradas pop e espertas do Sonic ou dos outros personagens ao redor, agora são realmente didáticas e somente piegas.
Não que sejam ruins, só caem no lugar comum, o que é um desserviço ao personagem que acostumamos a ver com tanta, e até mais, personalidade que sua contraparte dos games, realmente se repetindo e num filme que é corrido demais, sem trocadilhos.
Parece que só foi feito para apresentar na cena pós crédito mais um personagem dos games e continuar, continuar e continuar a história.
Nessa correria, Jim Carrey em papel duplo de Dr. Robotinik e seu avó (vejam só, até a piada do mesmo ator fazendo dois personagens é repetida na nossa cara, literalmente e sem ironia) como sempre há algumas tiradas engraçadas com a sua admirável e reconhecida fisicalidade, mas nada que se destaque dos dois filmes anteriores…
O casal humano composto pelo ator James Marsden e a atriz que interpreta sua esposa, a bela Tika Sumpter, não tem muito mais o que fazer a não se prestar a serem o apoio emocional e inabalável do Sonic, só que com menos tempo de tela. Lee Majdoub como o capanga Stone continua perdido no rolê, a não ser escada dos distratos do Robotinik de Jim Carrey, mas pelo menos esse coadjuvante ensaia um mínimo de desenvolvimento.
Há cenas de ações mais carregadas de CGI que empolgam aqui e ali, mas é isso.
Dizer que Sonic 3 sustenta sua existência pela história apresentada não seria o caso, mas como nos mostrou 2024 os caminhos são o combo sequência/continuações/franquias e tudo bem, desde que tenham algo a dizer e a mostrar.
A grande maioria da qualidade das sequências do mercado cinematográfico hoje em dia metaforicamente é a seguinte: quanto mais gelo se coloca em uma bebida, mais ela vai se diluindo até perder todo o sabor.
Vamos aguardar torcer pelo que 2025 nos trará.
“Sonic 3”. Imagem Destacada: Divulgação/Paramount (via IMDB)
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