“Geddy Lee and Alex Lifeson me disseram que eu estava tocando muito rápido”, lembra Taylor Hawkins
O baterista Taylor Hawkins, eterno integrante do Foo Fighters, não escondia o quanto o rock progressivo o fascinava. Para ele, o gênero era sinônimo de liberdade criativa, virtuosismo e descoberta musical.
Sua porta de entrada foi o Rush. Ainda criança, com cerca de 10 ou 11 anos, Hawkins colocou as mãos no álbum ao vivo “Exit… Stage Left’ (1981) e ficou impressionado com o trabalho de Neil Peart. Aquilo moldou seu jeito de tocar e alimentou sua paixão pela bateria.
Anos mais tarde, ele viveu uma experiência quase inacreditável: dividir o palco com Geddy Lee e Alex Lifeson, em Toronto. O encontro foi articulado por Nick Raskulinecz, produtor tanto do Foo Fighters quanto do Rush. Nervoso, Hawkins encarou o clássico “YYZ” com a banda — embora tenha ouvido dos próprios membros que estava acelerando demais. “Imagina como eu me senti substituindo Neil Peart… mesmo que fosse só por alguns minutos”, brincava.
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O Rush abriu outras portas musicais para Hawkins. Foi assim que ele descobriu o “Seconds Out” (1977), álbum ao vivo do Genesis. Além das composições, o que o marcou foi a performance dupla de Phil Collins: cantando e tocando bateria com uma naturalidade impressionante. Para Hawkins, Collins era injustamente criticado por assumir os vocais após a saída de Peter Gabriel, mas nos palcos provava ser um verdadeiro mestre.
Seu entusiasmo não parava por aí. Ele via o “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, dos Beatles, como um dos primeiros discos realmente progressivos, exaltava a ousadia de “Queen II” e destacava a genialidade instrumental do The Police, que, segundo ele, ajudaram a redefinir o conceito de musicalidade no pop e até influenciaram o próprio Rush em músicas como “The Spirit of Radio”.
Para Hawkins, o maior valor do prog era sua recusa em ser limitado. Bandas como Rush, Genesis, Yes e The Who mostravam que a música podia ir a qualquer lugar, sem rótulos ou barreiras. E, como ele dizia, os fãs de progressivo sempre estiveram prontos para embarcar nessas jornadas junto com seus ídolos.
A trajetória de Taylor Hawkins, marcada por energia e paixão pela música, foi interrompida de forma inesperada em 25 de março de 2022, quando o baterista do Foo Fighters foi encontrado sem vida em Bogotá, na Colômbia, poucas horas antes de um show da banda no festival Estéreo Picnic. A notícia abalou profundamente o mundo da música, gerando homenagens de artistas de diferentes gêneros e consolidando seu legado como um dos bateristas mais carismáticos e influentes de sua geração.
Imagem Destacada: Divulgação/Taylor Hawkins (via Instagram)
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