Escritores são em sua maioria solitários.
Seus melhores amigos são seus pensamentos. Seu ser ou não ser.
São considerados lunáticos, idealizam uma história a partir de uma pessoa estranha na rua, ou uma situação vivenciada…
Tudo são ideias, ideias são tudo.
ENAMORAM os personagens ide00alizados
SUPREM a necessidade estranha, que toma conta deles.
CRIAM o que não podem viver.
RADICALIZAM, sem serem radicais demais.
EXPLICAM, mesmo que as vezes não entendam.
VIVEM indiretamente tudo que sempre quiseram.
ENTENDEM o que nunca entenderam.
RENOVAM tudo o que já foi vivido.
Assistem à vida em terceira pessoa, ouvindo atentamente conversas alheias e esquecendo totalmente de coisas básicas, como um sinal vermelho. Coisas simples não são interessantes. A complexidade é o que lhes chama atenção.
Talvez sejam realmente lunáticos.
Às vezes parece que eles mesmos não cabem dentro do próprio corpo. Precisam sair, expandir, flutuar…
Na verdade, são as ideias não cabem dentro deles. Saem, correndo, pra todos os lugares que querem, muitas vezes sem permissão. Coisa demais pra pensar, poucas palavras existentes. Empregam neologismos o tempo todo, tem necessidade de criar.
Quem nasceu admirando as letras, não consegue se livrar delas.
Não consegue se livrar de suas palavras, de suas ideias.
Elas são soltas, livres.
Tendem ao infinito.
Por Clara Savelli
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.