Sala de Gilead chegará ao fim com a 6ª temporada de “The Handmaid’s Tale”

Após um hiato de 2 anos, “The Handmaid’s Tale” retorna para a última temporada com data marcada para 8 de Abril no Hulu; no Brasil a série é distribuída pelo Disney+. A série também ganhou um trailer, anunciando que o momento tão esperado irá ao ar: a revolução pela mão das aias.

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Citando uma versão do Salmos 23:4 alterada ao plural — “Ainda que caminhemos pelo vale da sombra da morte, não temeremos mal algum” — o trailer acompanha a narração de June sintetizando sua jornada de resistência como aia e seu poder de subversão, é pondosível vê-las carregando canivetes.

Outro elemento que chama atenção é a reunião de comandantes em uma sala com um triângulo — possivelmente aludindo à Santíssima Trindade — onde parece ocorrer um desentendimento com ameaça de arma de fogo e/ou traição. Vale dizer que ao que a revolução não foi bem retratada no livro homônimo de Margaret Atwood, que inspirou a série, ela é foco da sequência “Os Testamentos” (2019), quinze anos após a série principal e desviando da forma como alguns acontecimentos da série são retratados, dando destaque para o “Expurgo de Baal”, a guerra civil que explodirá em Gilead.

Sobre a série

“O Conto da Aia” (“The Handmaid’s Tale”) é uma série de televisão baseada no romance homônimo de Margaret Atwood, publicado em 1985. A adaptação estreou em 2017 na plataforma Hulu e se passa em um futuro distópico onde os Estados Unidos foram substituídos pela República de Gilead, um regime totalitário teocrático fundamentalista cristão, utilizando uma versão distorcida da Bíblia para justificar sua autoridade.

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A história acompanha June Osborne, interpretada por Elisabeth Moss, uma mulher que é forçada a viver como “aia” no novo sistema. Em Gilead, as mulheres perderam seus direitos e são divididas em categorias rígidas. As aias, como June, são mulheres férteis designadas a famílias de elite para gerar filhos, pois a taxa de natalidade mundial caiu drasticamente. Elas são submetidas a rituais coercitivos para engravidar dos Comandantes, líderes políticos e militares da nova ordem.

June é atribuída à casa do Comandante Fred Waterford e sua esposa, Serena Joy, que apoia o regime, mas sofre com as restrições impostas às mulheres. Apesar da vigilância e repressão, June tenta encontrar maneiras de resistir e se reunir com sua filha, Hannah, que lhe foi tirada quando Gilead tomou o poder. Como aia, ela não tem mais direito a seu nome, sendo ele proibido e substituído pelo nome do comandante; ela se torna “Offred” (de Fred, pertencente ao Fred).

Ao longo das temporadas, a série explora os desafios enfrentados pelas mulheres dentro do regime, incluindo violência, doutrinação e controle rígido da sociedade. Há também a presença da resistência, tanto dentro quanto fora do país, por meio de rebeldes e do governo exilado dos Estados Unidos.

Por meio de flashbacks, o público é apresentado como era a vida antes do colapso dos EUA: a radicalização da sociedade, a hostilidade à minorias e perda gradual de direitos, ataques à acadêmicos e à ordem vigente, mostrando que o pesadelo nunca começa da noite para o dia. June, como ela mesma afirma, “não jogou o jogo direito”, afinal, nem sabia que “estava jogando”: por ser divorciada, contrariando “a ordem sagrada”, ela deveria se tornar uma aia. Caso se rebele, fosse freira, ou LGBT, infértil, seria mandada para as colônias, onde devem passar os últimos dias limpando resíduos radioativos.

Além de June, a série desenvolve personagens como Moira, sua amiga que fugiu para o Canadá; Emily, outra aia que sofreu punições severas antes de escapar; e Nick, motorista do Comandante Waterford, que mantém uma relação ambígua com June.

A trama evolui com tentativas de fuga, retaliações do regime e o crescimento da resistência. Gilead enfrenta pressões internacionais e tensões internas, enquanto June se torna uma peça central no conflito entre opressão e liberdade.

_{Imagem Destacada: Divulgação/Disney+ (via TMDB)}