Baseada no conto de terror “The Mist” (“O nevoeiro”), do autor norte-americano Stephen King, a minissérie homônima de apenas 10 episódios da emissora Spike, conta o suspense criado na cidade de Bridgeville, assim que um nevoeiro a envolveu e fez com que muitos habitantes fossem mortos, caso expostos muito tempo a ele.
Alguns personagens da obra literária ainda estão presentes na trama. Contudo, outros são acrescentados e a história é modificada para a atualidade. Logo no episódio piloto, é possível perceber três diferentes narrativas. A primeira cena traz o dilema do personagem Bryan Hunt (Okezie Morro), que se encontra nas montanhas, junto a seu cachorro Rufus, sem se lembrar de como foi parar ali e até sua identidade.
Nesse mesmo período, o personagem principal – o nevoeiro – chega e algo “dentro” dele chama a atenção de Rufus, fazendo com que corra na direção do mesmo e, sem saber como, Bryan o encontra morto. O aparente soldado do exército corre até a delegacia, mas acaba preso por acharem que ele estava drogado.
A segunda seria a de Eve Copeland (Alyssa Sutherland), uma professora da escola local que havia acabado de ser demitida por causa de seus métodos didáticos na matéria Educação Sexual. Além de ter que lidar com o desemprego, ela vive uma difícil relação com sua filha adolescente Alex (Gus Birney), que idolatra o pai Kevin – personagem de Morgan Spector – e contraria tudo que sua mãe diz. Junto a esse núcleo, estão os vizinhos Benedict e Nathalie Raven (Frances Conroy), hippies aposentados e o melhor amigo de Alex, chamado Adrian (Russell Posner), que tem uma relação complicada com os pais devido à sua orientação sexual.
Já a terceira seria a de Mia Lambert (Danica Curcic), uma drogada misteriosa que, até os quatro primeiros episódios, não é possível identificar quais são seus conflitos, sem ser com a droga e com o careca desconhecido que a atacou em um estábulo. Da mesma forma que ela demonstra estar perdida e procurando pistas sobre alguma coisa não identificada, tentamos entrar no mesmo barco e ver onde essa busca irá nos levar.Além dessas principais vias que conduzem o enredo, temos alguns acontecimentos que surgem para deixar a vida desses seis personagens ainda mais complicada. A ida de Alex a festa de Jay (Luke Cosgrove), o garoto que tem um interesse mútuo por ela, renderá não só confusão entre seus pais, como também grandes consequências para Jay, Adrian e Alex, que não se lembra de nada do que aconteceu.
Mia, ainda deixando todos confusos sobre seu papel na série, é presa por tentar pegar uma mala cheia de dinheiro de uma casa que, aparentemente, era de alguém que ela conhecia, mas que havia morrido no tempo em que esteve ausente. Enquanto ocorrem todas as discussões e as narrativas começando a se entrelaçar, a névoa surge em volta da cidade e cerca a todos.
Com o protagonista tomando conta de toda a cidade, restou apenas três refúgios possíveis: O shopping, onde se encontram Alex, Eve e, para o desgosto das duas, Jay; a delegacia com Kevin, Adrian, Connor – pai de Jay –, Bryan e Mia, ambos dentro de celas e a igreja local, onde foi parar Nathalie, após um acidente entre seu marido e pessoas já tomadas pela névoa e, posteriormente, o núcleo da delegacia.
Até o quarto episódio – o último disponível –, a narrativa fica entre a tentativa de Kevin de chegar até o shopping, com a companhia de seu trio recente de amigos, Adrian, Bryan e Mia; Nathalie que, pela maioria dos presentes na igreja, está paranoica em relação aos insetos que aparecem junto com o nevoeiro e pequenas intrigas com personagens não muito importantes.
Agora, com o contexto feito, é necessário a análise geral da obra: além de cenas um tanto quanto nojentas – com uma sensação de nível 3 comparada a “The Walking Dead” –, mostrando pessoas sendo picadas por insetos e, consequentemente, levando a sua destruição pelo mistério que vive entre aquela nuvem cinza, temos a atuação de Gus Birney lembrando a de Kristen Stewart na saga “Crepúsculo”. Sendo uma mistura de Dakota Fanning com Noah Cyrus fisicamente, a loira realmente deixa a série um pouco tediosa e sem a emoção essencial que os momentos precisam.Para completar, há cenas um tanto confusas em relação ao que realmente tem por trás das mortes causadas ao ficar exposto no ambiente externo. Seria, de fato, o que Nathalie alega? Que a natureza estaria ganhando vida, assim como ocorreu em 1860? Ou seria algo ainda mais doido e fantasioso, misturando o conto de Stephen King com a série de grande sucesso “Stranger Things”? Há um monstro irreal por trás disso tudo ou seria somente mais uma história com uma explicação absurda de que é um humano psicopata que quer se vingar da humanidade?
Independente da teoria, cabe ao público esperar os episódios que faltam para fechar o ciclo. A obra literária de Stephen King, desde que lançada nos anos 80, já foi adaptada para um filme de mesmo nome e até um videogame em 1985.
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