Gênero ocupou a Cidade da Música neste sábado
Finalmente pudemos dizer no The Town “HOJE É DIA DE ROCK, BEBÊ”! Ao contrário do Rock In Rio, o The Town não tem o gênero no nome, com isso pôde ter liberdade para dar prioridade ao Pop e outros gêneros sem ter que prestar conta à patrulha que questiona por que o festival criado em 1985 não ter rock. Detalhe que todo ano há uma noite dedicada ao metal (ok, menos em 2017). Mas há sempre o coro dos descontentes que gostariam que o festival carioca privilegiasse mais as guitarras. No irmão mais novo paulista, elas estão lá, só que a serviço de sonoridades mais diversificadas.
Nesse sábado, no entanto, tivemos um pouquinho do RIR dentro do Autódromo de Interlagos. Assim como no festival carioca, o line up foi bastante conservador, sem arriscar em novidades ou nomes de vanguarda.
As hordas de roqueiros que compareceram à Cidade da Música estavam em peso querendo conferir o show que o Foo Fighters não pôde fazer no Lollapalooza de 2022, devido à trágica morte do baterista Taylor Hawkins. E, claro, todos queriam saber se o substituto estaria à altura.
Mas bem antes disso, à tarde, os trabalhos se iniciaram no palco The One (o equivalente ao palco Sunset do Rock In Rio) com a Banda Terno Rei. Pitty abriu os trabalhos do Skyline com seu show comemorativo de 20 anos do seu álbum de estreia, “Admirável Chip Novo” com o apoio luxuoso de uma orquestra, dando um belo adorno aos sucessos da roqueira.
O Detonautas Roque Clube ocupou o palco The One logo a seguir, no embalo do turnê de divulgação do Acústico, embora bastante eletrificado. Teve participação de Vitor Kley e até do filho de Tico Santa Cruz tocando bateria.
O Garbage tinha um séquito de fãs fiéis disputando espaço com os fãs de Foo Fighters e brindaram o público com aquele puro suco de rock alternativo anos 90. No The One, o Barão Vermelho recebeu Samuel Rosa, ex-Skank.
Yeah Yeah Yeahs de Karen O substituiu o Queens of the Stone Age com grandeza. Mesmo sendo banda substituta, teve seu público fiel. Já o Wet Leg, última atração do palco The One, empolgou o público e foi o respiro de novidade em um dia tomado por veteranos. A dupla britânica é considerada a salvação do rock e este foi o último show da atual turnê da dupla de meninas.
O Foo Fighters, que já tocou em dois RIRs (2001 e 2019), fez seu primeiro show no Brasil com o baterista Josh Freese no lugar de Taylor Hawkins. Como não podia deixar de ser, houve homenagem tanto ao substituto (com a música “Hero”) quanto ao falecido, quando Dave Grohl iniciou “Aurora” e explicou que aquela era a música do FF que Hawkins mais gostava.
Por ter apenas um dia dedicado ao rock, a curadoria teve que se virar para aglutinar um pouco de cada gênero em um só dia. Isso causou, inclusive, alguns posicionamentos um pouco equivocados no line up. Pitty merecia ter tocado no palco Skyline no horário das 18 horas. Garbage ficaria melhor alocado fechando o Palco The One, por exemplo.
No entanto, o formato parece ter funcionado para o público. Os ingressos para todos os dias se esgotaram e não há indicativos de que haveria demanda para mais um dia de rock. No Rock In Rio de 2022, as primeiras datas a esgotar foram as dedicadas ao pop, o que pode ser um indício. Sorte do The Town que não tem Rock no nome.
Quer estar por dentro do que acontece no mundo do entretenimento? Então, faça parte do nosso CANAL OFICIAL DO WHATSAPP e receba novidades todos os dias.