A nova série da CBS, “Wisdom of the crowd” (sabedoria da multidão), como o nome já indica, segue a tese de que muitas mentes unidas funcionam melhor do que uma. Após o assassinato da filha e o julgamento ter sido concluído, o CEO famoso de São Francisco, quase que como um Steve Jobs de 2017, Jeffrey Tanner (Jeremy Humphrey) não aceita o veredicto e quer achar a qualquer custo o verdadeiro criminoso que matou a filha, Mia.
Como Tanner é multimilionário e, consequentemente, dinheiro não é um problema, ele resolve criar uma plataforma digital de crowdsourching, ou seja, em que as pessoas em sua rotina exercem o papel de pesquisadoras e detetives e postam no aplicativo. Nomeado de Sophe, o inovador tecnológico acredita que sua criação é a solução para a criminalidade, principalmente, para o homicídio da filha.
Para ajudá-lo no aplicativo, o CEO tem um grupo de especialistas, incluindo, Sara Morton (Natalia Tena), sua namorada secreta e até Tariq Bakari (Jake Matthews), um hacker que, logo no episódio piloto, entrou no sistema com facilidade. Apesar de muitas vezes, assim como contratar o hacker, os empregados não concordem com Tanner, no final das contas, o personagem de Jeffrey Tanner tem uma boa visão do que ele está fazendo.
Além dos empregados fixos, para testar o aplicativo e saber como funciona, o detetive Cavanaugh (Richard T. Jones) é convocado a fim de lidar com esse meio alternativo de resolver os casos mais graves. De início, o policial foi contra o app e, em grande parte do tempo em que esteve presente na empresa, precisou superar a ética da sua profissão, visto que Tariq e os demais queriam achar resultados o mais rápido possível passando pelos limites permitidos.
Em relação a ex mulher de Jeffrey, Alex Hale (Monica Potter) e ao amigo e advogado Mike (Malachi Weir), ambos se posicionam contra ao tamanho desperdício de dinheiro e tempo para achar um bandido que, segundo os dois, já está preso. No caso de Alex, por fazer parte da política, a imprensa a pressiona constantemente a ter uma opinião sobre as novas ações do ex marido.
A princípio, a plataforma foi inventada para resolver o caso de Mia (Abigail F. Cowen) e, possivelmente, ser desativado. Entretanto, o sucesso foi grandioso e expandiu para que outros casos fizessem parte da agenda do milionário. Em todos os episódios disponíveis, há uma parte dedicada a novas pistas sobre o que aconteceu com a adolescente na noite em que ela foi morta, mas o enfoque se tornou a resolução dos demais assassinatos e sumiços. Afinal, a série precisa ser arrastada com alguma narrativa que dê para criar por um tempo.
Ao que tudo indica, não é possível ter muitas temporadas dessa história, sem que a mesma vire algo repetitivo e confuso. De início, é uma boa temática, com assuntos bem atuais. Misturando o lado policial de Gotham com a tecnologia de Black Mirror, a obra de Ted Humphrey cria quase que uma proposta de intervenção estilo ENEM para funcionar, paralelamente, ao trabalho dos policiais.Como uma espécie criativa e não sanguinária de “justiça com as próprias mãos”, a série norte-americana mostrará como o mundo atual é propício a ter todo tipo possível de aplicativo, que, talvez, possa mudar a situação em que certos países se encontram. No episódio piloto, enquanto há uma perseguição ao suspeito do assassinato de uma vítima postada no Sophe, vários usuários online estavam presentes no mesmo local e resolvem ir atrás do bandido. Mais uma vez, mostra que, nos dias de hoje, cada um considera ser capaz de ter condições de participar nessa luta e tem sua arma particular, seja o celular para gravar, as mãos e braços para segurar ou voz para assustar.
“Wisdom of the crowd” tem apenas quatro episódios disponíveis até agora.
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