1º Festival Internacional de Cinema de Paraty | Encerramento e Premiação

As Homenagens

Como diz a canção, Todo Carnaval Tem seu Fim e se encerrou o 1º Festival Internacional de Cinema de Paraty, com as últimas homenagens e aguardada premiação dos filmes concorrentes.

Começando com as homenageadas pelo Troféu Jorge Amado: a preparadora de elenco Fátima Toledo e a diretora Laís Bodansky com os prêmios pelo conjunto da obra.

Fátima nos informou na coletiva que está dirigindo seu primeiro filme, baseado na história da Escola Base, em que os proprietários e dois funcionários foram injustamente acusados de pedofilia e “condenados” por uma séria de erros legais e pela imprensa, receberam o repúdio da população com riscos reais a vida dos envolvidos.

Continuou discorrendo que hoje em dia esse assunto é extremamente importante, porque as fakenews continuam a ocorrer e à época, até ela se deixou levar pelas insinuações, baseada na cobertura do caso.

Questionamos se no seu processo famoso e de sucesso que leva em consideração seu estudo do roteiro e do personagem descrito, se houve algum ator ou atriz que tenha feito algo diferente do que ela havia preparado e respondeu que seu método é uma entre outras ferramentas que os artistas podem utilizar no set, e não vê problema caso eles tomem outro caminho.

Logo após, recebemos para coletiva outra premiada, a roteirista e diretora Laís Bodansky, que destacou como referência em sua carreira o filme Bicho de Sete Cabeças de 2000, sobre o qual até hoje é reconhecida e chamada para palestras a respeito, mas que como toda mãe, ama todos seus filmes.

Perguntamos se há algum gênero que ela queira dirigir, informa que após ter realizado Bicho de Sete Cabeças, foi convidada para diversos projetos do mesmo tipo, mas que buscou outras coisas e citou ter vontade de filmar algo como o Ilusionista de 1984, dirigido por Jos Stelling em que não há diálogos, somente a mise en scene e atuações no estilo clown.

A Premiação

Como diz o ditado popular “fazendo barba, cabelo e bigode“, O Mensageiro, de Lúcia Murat, foi o grande vencedor do 1º Festival Internacional de Cinema de Paraty com oito prêmios, entre eles melhor direção, ator, filme, roteiro.

Uma das grandes alegrias da noite foi a premiação de Miá Mello como melhor atriz e Marco Ricca como melhor ator coadjuvante pelo divertido De Pai para Filho, de Paulo Helm.

Emocionada, Miá recebeu o prêmio agradecendo a todos da equipe, dizendo que foi o primeiro prêmio que recebeu e a alegria (sem ironia) de ter sido convidada para interpretar uma personagem com um registro mais dramático.

Durante o encerramento oficial da cerimônia apresentada pelos atores Robson Nunes e Micheli Machado, os idealizadores e produtores do Festival, Bruno e Jane Saglia confirmaram sob efusivisos aplausos, que no ano que vem haverá uma nova edição com mais filmes, diversidade e sustentabilidade.

Viva o Festival de Cinema Internacional de Paratym, viva o Cinema!