49ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo é uma celebração global da sétima arte

Entre os dias 16 e 30 de outubro, São Paulo se torna o epicentro da cinefilia mundial com a 49ª edição da Mostra Internacional de Cinema. Com a seleção de 373 títulos de 80 países exibidos em 52 salas espalhadas pela cidade, o evento reafirma seu papel como um dos mais importantes festivais de cinema da América Latina — e, neste ano, traz uma seleção estelar de filmes premiados, estreias aguardadas e homenagens.

Abertura com Cannes e Kaufman

A cerimônia de abertura, realizada no dia 15 na Sala São Paulo, já dá o tom da grandiosidade da Mostra. O longa-metragem “Sirât”, de Oliver Laxe, vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Cannes, inaugura a programação com a presença das atrizes Stefania Gadda e Jade Oukid. Antes, o público será presenteado com o curta “Como Fotografar um Fantasma“, do cultuado diretor e roteirista Charlie Kaufman, que estará pessoalmente no evento.

Além das exibições, a noite celebra nomes que marcaram a história do audiovisual. A cineasta martinicana Euzhan Palcy recebe o Prêmio Humanidade, enquanto o criador da Turma da Mônica, Mauricio de Sousa, é homenageado com o Prêmio Leon Cakoff.

Filmes Premiados e Estreias de Peso

Entre os destaques da seleção deste ano, o iraniano Jafar Panahi apresenta “Foi Apenas um Acidente”, vencedor da Palma de Ouro em Cannes. O cineasta também será agraciado com o Prêmio Humanidade e participará de uma conversa com o público, prometendo um dos momentos mais aguardados da Mostra.

Outro nome de peso é Guillermo del Toro, que traz duas obras para o festival: “Frankenstein”, ovacionado no Festival de Veneza, e “Cronos” (1992), seu primeiro longa, reexibido como parte da retrospectiva.

O encerramento, no dia 30, será com “Jay Kelly”, novo filme de Noah Baumbach, exibido após a cerimônia de premiação da edição.

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Seleção de Ouro: os mais premiados da Mostra

A 49ª Mostra reúne uma constelação de filmes que brilharam nos principais festivais internacionais em sua seleção:

• “Sirât”, de Oliver Laxe — Prêmio do Júri em Cannes

• “Foi Apenas um Acidente”, de Jafar Panahi — Palma de Ouro em Cannes

• “Frankenstein”, de Guillermo del Toro — Fez parte da seleção de Veneza

• “O Som da Queda”, de Mascha Schilinski — Destaque em Berlim

• “Urchin”, de Harris Dickinson — Premiado em Sundance

• “Pai Mãe Irmã Irmão”, de Jim Jarmusch — Reconhecimento em Toronto

• “No Other Choice”, de Park Chan-wook — Vencedor na Ásia

• “Dracula” e “Kontinental ’25”, de Radu Jude — Aclamados em Locarno

• “Era uma Vez em Gaza”, de Arab e Tarzan Nasser — Premiado em festivais do Oriente Médio

• “Jovens Mães”, dos irmãos Dardenne — Reconhecimento em Cannes

• “Resurrection”, de Bi Gan — Destaque em festivais europeus

• “Blue Moon e Nouvelle Vague”, de Richard Linklater — Premiados nos EUA

• “Se Tiver Medo, Coloque o Coração na Boca e Sorria”, de Marie Luise Lehner — Vencedor em festivais independentes

• “Bugonia”, de Yorgos Lanthimos

• “O Agente Secreto”, de Kleber Mendonça Filho —Melhor Ator e Melhor Diretor em Cannes

Diversidade e inovação

Além dos premiados, a seleção da Mostra apresenta uma variedade de gêneros e estilos que refletem a pluralidade do cinema contemporâneo. De dramas intimistas como “A Irmã Mais Nova”, de Hafsia Herzi, a experimentações visuais como “Cabelo, Papel, Água…”, de Nicolas Graux, o evento oferece uma verdadeira viagem cinematográfica.

Filmes como “Maya”, “Me Dê Um Título”, de Michel Gondry, e “The President’s Cake”, de Hasan Hadi, mostram a força da criatividade autoral, enquanto obras como “Abaixo das Nuvens”, de Gianfranco Rosi, e “Garça-Azul”, de Sophy Romvari, exploram narrativas poéticas e contemplativas.

Um festival para todos

Com a seleção de sessões em CEUs, espaços culturais e salas de cinema por toda a cidade, a Mostra democratiza o acesso à cultura e convida o público a mergulhar em histórias de todo o mundo. Em sua 49ª edição, o festival reafirma seu compromisso com a diversidade, a excelência artística e o diálogo entre culturas.

A Mostra Internacional de Cinema de São Paulo não é apenas um evento — é uma celebração da arte de contar histórias. E em 2025, ela promete emocionar, provocar e inspirar como nunca.

_{Imagem em destaque do filme “Sirât”: Divulgação/Mostra}